O caso dos jovens asfixiados em um carro da BMW em Balneário Camboriú (SC) na última segunda-feira (1) levanta questionamentos sobre preparação e tuning. Segundo os bombeiros, havia uma fresta no sistema de escape do sedã, que teria sido customizado meses antes da tragédia, de acordo com familiares. O gás tóxico vazou para a cabine, provocando a morte de quatro pessoas.
Autoesporte enumera outras ocasiões em que uma preparação inadequada pode causar riscos à vida do motorista, passageiros e terceiros. Confira abaixo:
Voltando ao caso de Santa Catarina, a perícia concluiu que monóxido de carbono vazou para a cabine pela perfuração em um cano que fica entre o motor e o painel. O gás é inflamável, inodoro (não tem cheiro) e altamente tóxico.
Este é o maior risco de um sistema de escape inadequado, mas outros problemas podem surgir e comprometer a durabilidade do veículo. Avarias nos canos ou silenciadores podem causar falhas e até aumentar o consumo de combustível, por exemplo.
Confira abaixo modificações que podem colocar a vida dos passageiros em risco:
Instalar rodas fora das especificações de fábrica pode trazer sérios riscos à vida do motorista e de todos os envolvidos no trânsito. Nos casos mais leves, a troca pode comprometer o conforto e o consumo de combustível.
Porém, quando feita de maneira inadequada, a substituição da roda pode afetar a estabilidade, comprometendo a performance do veículo em curvas ou dias de chuva.
Rodas avariadas também podem causar acidentes graves. Basta lembrar do cantor sertanejo Cristiano Araújo, que morreu após um ponto de solda na roda traseira de seu Land Rover se romper. A perícia concluiu que o conjunto estava fora das especificidades de fábrica.
Há um consenso popular de que rebaixar um carro favorece a estabilidade e a dirigibilidade. Este pensamento, porém, está errado. Nem sempre um carro mais baixo terá melhor performance em curvas do que um veículo dentro das especificações de fábrica.
Ademais, rebaixar a suspensão altera o centro de gravidade do veículo — e isso pode ser perigoso em circunstâncias de risco. Há também um maior impacto na durabilidade dos pneus, que podem desgastar com mais facilidade. Outra desvantagem é que o veículo fica mais suscetível a raspar em valetas e lombadas e sofrer com buracos.
Por fim, outro grande risco em preparar um veículo está em melhorar a sua performance sem reforçar os freios e a suspensão.
Instalar uma turbina, mudar o filtro de ar, trocar o sistema de escape e remapear o motor são práticas comuns entre os motoristas que querem extrair mais performance. Porém, se os freios não forem adequados, o carro se transformará em uma “ratoeira”, no jargão popular.
Da mesma forma, um carro preparado precisa passar por reforços de suspensão para encarar curvas com mais segurança. Afinal, qualquer deslize pode comprometer a estabilidade e causar acidentes graves.
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Fonte: direitonews