Ministro israelense sugere que Israel controle a Faixa de Gaza e que palestinos deixem o enclave


Após meses de intensos combates entre o Exército israelense e o movimento palestino Hamas, as vozes favoráveis ao controle total da Faixa de Gaza pelas autoridades israelenses começam a ressoar cada vez mais nos altos círculos políticos de Tel Aviv.

“Para termos segurança devemos controlar o território [Faixa de Gaza]. Para controlar militarmente o território por muito tempo, precisamos de presença civil”, afirmou o ministro à mídia local quando perguntado sobre restabelecimento dos assentamentos ilegais israelenses no território palestino.

Para Smotrich, o governo de Israel também deveria “encorajar” os palestinos residentes em Gaza a saírem do país de forma ordenada por conta da escalada bélica vivida na região nos últimos meses. A incursão do Exército israelense no enclave já deixou mais de 22 mil mortos.

“Se atuarmos com a estratégia correta e fomentarmos a emigração, se houver 100 mil ou 200 mil árabes em Gaza e não dois milhões, o discurso do dia depois da guerra será completamente diferente. Ajudaremos os refugiados a se reabilitarem em outros países com a cooperação da comunidade internacional e dos países árabes de nosso entorno”, comentou Smotrich, que também é chefe do partido Sionista Religioso.

Fontes consultadas recentemente pela Sputnik asseguraram que o governo israelense tem planos para realocar dezenas de milhares de palestinos em países vizinhos à Gaza, como o Egito.
Entretanto, o ministro das Finanças foi o único que sugeriu o controle total do território palestino pelas autoridades israelenses. O próprio presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou a dizer que é provável que Tel Aviv assuma o controle do enclave quando a ofensiva militar terminar. Embora Netanyahu já tenha comentado que o único objetivo da ação é “eliminar o Hamas”, boa parte da Faixa de Gaza já foi destruída.
Mulher palestina busca abrigo em Khan Yunis, cidade destruída parcialmente pelos bombardeios israelenses, em 2 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2023

Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos da Faixa de Gaza. Com isso, terminou sua presença ilegal no território palestino, mantida desde 1967. No entanto, as autoridades israelenses mantiveram o controle das fronteiras e impulsionaram um regime de segurança muito rigoroso, que levou Gaza a ser conhecida mundialmente como “a maior prisão a céu aberto do mundo.”
Os assentamentos israelenses no território palestino são considerados ilegais a luz do direito internacional e da ONU.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Rede social X já perdeu cerca de 71% de seu valor desde que foi comprada por Elon Musk
Próxima Ao menos 10 militantes houthis morreram em ataque das tropas norte-americanas no mar Vermelho