A avaliação é do professor David García Contreras, internacionalista da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).
“A situação política e militar parece estar estagnada ou perdida momentaneamente, e esse tipo de medidas espetaculares é usado para manter a atenção do governo ucraniano e da situação ucraniana no cenário mundial“, afirmou García em entrevista à Sputnik.
Na manhã de 30 de dezembro, as Forças Armadas da Ucrânia realizaram um ataque contra a população civil na cidade de Belgorod, na Rússia, resultando em 21 mortos e 111 feridos, incluindo vários menores, de acordo com os dados mais recentes do Ministério de Emergências da Rússia.
Maria Zakharova, porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que o Reino Unido está por trás do ataque em Belgorod, coordenando-se com os Estados Unidos para incitar o regime de Kiev a realizar ações terroristas.
Para o professor García Contreras, o ataque da Ucrânia representa uma escalada violenta em um momento em que se aproxima o segundo aniversário do início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, uma data simbólica em que ambos os lados buscam reforçar o apoio e a legitimidade de suas causas no conflito.
“A desvantagem dessas escaladas é que podem nos levar à irracionalidade, uma vez que o impacto da próxima escalada é muito mais forte do que o impacto anterior”, alerta o acadêmico.
“Os militares também têm sua relação com a política, e é aí que ambos os lados, do ponto de vista político, precisam dessas justificações para os combates. Além disso, quando há uma provocação de um lado, é esperado que haja uma resposta proporcional ou até maior, conforme as demandas da sociedade”, acrescenta o professor universitário. “Essas são as demandas que os políticos terão que enfrentar.”
Fonte: sputniknewsbrasil