Os contratos futuros do açúcar avançaram nas bolsas de Nova York e Londres nesta sexta-feira (22). O mercado teve suporte de ajuste de posições, após quedas nas últimas sessões associadas com otimismo com a safra do Brasil, e também seguiu o petróleo.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,88%, a 20,62 cents/lb, com máxima em 21,08 cents/lb e mínima de 20,23 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,60%, negociado a US$ 590,20 a tonelada.
No acumulado da semana, o principal vencimento no terminal norte-americano perdeu mais de 3%.
Depois de queda em várias sessões na maior parte da semana, inclusive com teste de mínimas de março na véspera acompanhando otimismo com a oferta, o mercado do açúcar voltou a subir nesta reta final de semana com suporte de ajuste de posições.
Além disso, no financeiro, o açúcar encontrou suporte da alta do petróleo no cenário internacional. As oscilações do óleo bruto tendem a impactar na decisão das usinas sobre o mix. Além disso, dólar tinha queda sobre o real, o que desencoraja as exportações.
O otimismo com a oferta nos últimos dias esteve atrelado, principalmente, com a atenção para os dados da safra atual do Centro-Sul do Brasil, que tem avançado bem nas últimas semanas. Além disso, as perspectivas são positivas com 2024/25.
“Os negociantes disseram que o mercado parece querer ficar abaixo de 20 cents/lb no curto prazo, especialmente com o aumento da produção do maior produtor brasileiro e as preocupações com o clima ficando em segundo plano, por enquanto”, reportou a Reuters.
A açucareira francesa Tereos, inclusive, reportou nesta sexta-feira que sua produção de açúcar no Brasil cresceu 19% na safra 2023/2024, juntamente com uma moagem de cana-de-açúcar melhor que o esperado.
O boletim do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apontou que as produtividades acumuladas desta reta final de safra 2024/25 têm se mostrado muito superiores às da temporada anterior (2022/2023), com destaque para as regiões de Araçatuba (37,8%) e São José do Rio Preto (26,9%).
No longo prazo, porém, o Brasil terá dificuldades para exportar a sua vasta oferta, segundo a agência Reuters, o que pode colocar o adoçante em uma correção ascendente, além das atuais preocupações climáticas na Índia e na Tailândia.
Os negócios para o açúcar serão retomados na Bolsa de Nova York, em meio às festividades de Natal, apenas na próxima terça-feira (26), em pregão reduzido.
MERCADO INTERNO
Em meio finalização do ano, os preços do açúcar no mercado paulista perdem forças. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 147,16 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,86%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,74 – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,09 c/lb com desvalorização de 3,25%.
Fonte: noticiasagricolas