Caracas rejeita pronunciamento dos EUA sobre americanos detidos na Venezuela


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O governo da Venezuela rejeitou no sábado (10) a declaração do Departamento de Estado dos EUA sobre cidadãos americanos que foram privados de sua liberdade no país caribenho por supostamente cometerem crimes graves.
O Departamento de Estado dos EUA comunicou na sexta-feira (9) que “faz dois anos que Matthew Heath, cidadão dos EUA e veterano da Marinha [americana], foi injustamente detido na Venezuela”, e acrescentou que o governo dos EUA continua seus esforços para garantir a libertação de todos os cidadãos norte-americanos detidos no país sul-americano.
“O governo da República Bolivariana da Venezuela rejeita o pronunciamento do Departamento de Estado dos EUA a respeito dos cidadãos norte-americanos legitimamente privados de sua liberdade no país por sua presumida responsabilidade na prática de crimes graves, a maioria dos quais são condenados e confessaram pelos crimes de que são acusados”, respondeu o Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
O Ministério das Relações Exteriores adicionou que a Venezuela é um país de justiça, onde as instituições exercem suas funções, investigam e estabelecem as sanções correspondentes, independentemente da nacionalidade do suposto infrator, seguindo o devido processo. Além disso, ele reafirmou sua disposição de manter canais abertos com os EUA para buscar entendimento sobre questões bilaterais.
Homem passa pela Refinaria Petrozuata, no estado de Anzoátegui, no leste da Venezuela, em 13 de fevereiro de 2001. - Sputnik Brasil, 1920, 10.03.2022

A chancelaria venezuelana lamentou também que as autoridades norte-americanas insistissem em conceder imunidade a seus cidadãos e respectivas ações, o que Caracas descreveu como desprezo pela soberania dos países.
Em 14 de setembro de 2020, o Ministério Público venezuelano acusou Heath, um suposto espião norte-americano preso três dias antes no estado setentrional de Falcón, de terrorismo por envolvimento em uma conspiração para atacar as instalações de petróleo e eletricidade da Venezuela.
Segundo as investigações das autoridades venezuelanas, Heath pertencia à empresa mercenária MVM, servindo três meses por ano no Iraque de 2006 a 2016, onde trabalhou como operador de comunicações na Base Secreta da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA.
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