De acordo com uma sondagem feita pelo jornal alemão Bild e divulgada pela agência Bloomberg hoje (16), 59% dos 1.001 alemães inquiridos prefeririam eleições para um novo parlamento em 2024, enquanto 27% se opõem a tal medida. As eleições regulares estão marcadas para o outono de 2025.
O Conselho Consultivo de Economistas do governo alemão, conhecido como Cinco Sábios, disse que “o atual desenvolvimento econômico da Alemanha continua a ser afetado pela crise energética e pela queda dos rendimentos reais”, segundo o canal RTP.
“É por isso que o nosso relatório anual deste ano se intitula ‘Ultrapassar o fraco crescimento, investir no futuro'”, afirmou Monika Schnitzer, presidente dos Cinco Sábios ao entregar o documento ao chanceler alemão, Olaf Scholz, no mês passado.
Berlim é atualmente a grande economia desenvolvida com o pior desempenho do mundo. Tanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) como a União Europeia preveem que a economia alemã registe uma contração este ano.
De acordo com o Euronews, a recessão surge na perda do gás natural barato de Moscou pelas sanções impostas pelo bloco europeu. As indústrias sentiram o choque sem precedentes que ecoa até agora, relata a mídia.
A perda do gás natural russo barato, necessário para alimentar as fábricas, “prejudicou dolorosamente o modelo de negócio da economia alemã”, disse Christian Kullmann, diretor executivo da grande empresa química alemã Evonik Industries AG, ouvido pela agência europeia.
Olaf Scholz, um social-democrata, o ministro da Economia, Robert Habeck, dos Verdes, e o chefe das finanças, Christian Lindner, líder dos Democratas Livres, têm regateado os detalhes, levantando questões sobre a viabilidade da aliança de três partidos formada após as eleições de 2021.
A coligação governante de Scholz sofreu recentemente derrotas eleitorais contundentes em duas potências econômicas importantes do país. Os três partidos do governo perderam apoio na Baviera e em Hesse, onde reside cerca de um quinto do eleitorado alemão, em um contexto de crescente frustração dos eleitores.
Fonte: sputniknewsbrasil