BP Bunge destaca o potencial do etanol brasileiro no Japão


Em um trabalho conjunto para promover a descarbonização do transporte aéreo, especialistas, formuladores de políticas, reguladores e representantes da indústria do Japão e do setor bioenergético do Brasil se reuniram em um seminário internacional inovador, promovido pela UNICA (Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), em cooperação com a Embaixada do Brasil em Tóquio, e com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O evento — que aconteceu no dia 13 de dezembro — teve o objetivo de fomentar o diálogo entre as duas nações e explorará as potencialidades do Sustainable Aviation Fuel (SAF), além de compartilhar experiência brasileira na produção de etanol.

Para Ricardo Carvalho, diretor comercial e de originação da BP Bunge Bioenergia, o encontro representa um marco importante na cooperação Brasil-Japão e destaca o compromisso de ambas as nações em enfrentar desafios globais relacionados às mudanças climáticas e à sustentabilidade. “A expectativa é que a troca de conhecimento e experiências resulte em avanços significativos na busca por soluções ambientalmente responsáveis no setor de aviação. O etanol já é responsável pela descarbonização da matriz de transporte terrestre e agora mostra seu potencial para descarbonizar também o ar”, comenta.

Certificação para produção de etanol para SAF

A transição energética e a sustentabilidade de seus produtos são temas prioritários para a BP Bunge e, em outubro, a companhia teve um avanço ainda maior nesse sentido. Isso porque a empresa recebeu a certificação ISCC CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), que confirma que o etanol produzido está em conformidade com os padrões internacionais e pode ser utilizado como matéria-prima para produção de SAF.

Com a certificação do biocombustível produzido na unidade Ouroeste (SP), a BP Bunge reforça o papel do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, como uma das soluções para atender a necessidade crescente de descarbonização mundial. “Existe mais de um caminho para solucionar a transição energética. No entanto, o etanol proveniente da cana-de-açúcar é a solução que o Brasil já tem disponível, com escala, pronto para utilização e com potencial para diferentes aplicações, a exemplo do SAF”, explica Carvalho.

Etanol no mercado externo

A conquista da certificação ISCC CORSIA representa um passo importante que deve fortalecer os negócios da companhia em uma frente que já é bastante promissora atualmente: a exportação de etanol, operação em que a BP Bunge tem como clientes grandes mercados, como Estados Unidos e Europa, que têm foco maior no etanol para fins carburantes, ou seja, para uso como combustível de fato; enquanto Japão e Coreia utilizam o etanol para outras finalidades, como na indústria de cosméticos e bebidas.

A BP Bunge produz, aproximadamente, 1,5 milhão de metros cúbicos de etanol por safra. Deste montante, 20% são exportados — o equivalente a 300 mil metros cúbicos. Essa operação de venda para o mercado externo teve um crescimento robusto nos indicadores, com um avanço no faturamento de mais de 290% somente entre as safras 21/22 e 22/23, passando de R$ 151 milhões para R$ 539 milhões.

Fonte: noticiasagricolas

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