Via @jornalextra | A juíza da Central Especial de Audiência de Custódia, Daniele Lima Pires Barbosa, decidiu manter a prisão preventiva de Reynaldo Rocha Nascimento, acusado de matar Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, na tarde desta quarta-feira. Hadassa foi assassinada no último fim de semana, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O suspeito confessou que, antes do homicídio, estuprou a menina. A magistrada determinou ainda que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) providenciasse uma cela na qual fosse “respeitada sua integridade física, diante dos relatos do indiciado de que teria sido ameaçado e agredido por outros presos”.
Reynaldo era primo de segundo grau da mãe da vítima, Suelen da Silva Roque, que era chamada por ele de “magrela”. Por deixar a menina sozinha em casa, com os irmãos de Hadassa, de 7 e 8 anos, para ir a uma festa em Cabuçu, no município de Nova Iguaçu, de sábado para domingo, o que caracterizaria abandono de incapaz, a mãe da criança está sendo investigada.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Mauro César da Silva Junior, responsável pelo caso, caberia à Suellen, como garantidora, ou seja, responsável pela criança, protegê-la. Por isso, ele ainda decidirá como irá tipificar o crime a partir o andamento das investigações. A polícia já sabe que, antes de ir ao evento, um forró na praça da localidade, Suellen teria comentado com Reynaldo que sairia à noite.
Ao depor na audiência de custódia, Reynaldo passou todo o tempo algemado por medida de segurança, uma vez que a sala do local era pequena e a juíza temia pela integridade física de quem se encontrava no recinto. O acusado queixou-se de ter sido agredido com socos nas costela e nas costas. Alegou, inclusive, ter sido asfixiado com sacola plástica.
Como o objetivo da audiência de custódia é justamente verificar a legalidade da prisão e se o detento não sofreu agressões enquanto estava sob o controle do estado, a magistrada pediu que cópias do processo dele fossem enviadas à promotoria da Auditoria Militar para checar se houve alguma irregularidade. Ao ser submetido a fazer exame de corpo de delito para verificar lesões, houve o registro de “marcas de agressão”. Segundo o laudo, Reynaldo “foi apresentado com lesões aparentes”.
Reynaldo quase foi linchado no local de captura, salvo por policiais militares chamados para efetuar a prisão. As lesões podem ter sido provocadas pela reação de vizinhos pela morte de Hadassa, que chegou a ficar desaparecida por um dia. A criança sumiu na madrugada de sábado, dia 9. Seu corpo foi encontrado escondido em um saco de ração nas proximidades da casa onde Reynaldo morava com a mãe, no dia seguinte.
Por Vera Araújo
Fonte: @jornalextra