Fontes familiarizadas com a estratégia de comunicação de Zelensky informaram ao Financial Times que o propósito dessas mensagens é manter o otimismo dentro e fora do país, e que existe uma política de comunicação aplicada a todos os níveis do Estado, incluindo uma censura rigorosa às más notícias, como o número de baixas ucranianas ou o sucesso das tropas russas.
“No entanto, com os modestos avanços militares da Ucrânia neste ano e o apoio vacilante do Ocidente, a estratégia de comunicação está gerando uma divisão entre a administração presidencial e a liderança militar, de acordo com oficiais militares, ex-funcionários presidenciais e estrategistas militares”, destaca a publicação.
Além dessa divisão dentro do governo e das Forças Armadas, os adversários políticos começaram a criticar abertamente o presidente, enquanto os líderes militares argumentam que a discrepância entre as mensagens oficiais e a situação real já não é convincente e, portanto, não motiva os ucranianos ou os parceiros ocidentais do país a avançar.
Irina Zolotar, conselheira de comunicação que colaborou com o ex-ministro da Defesa ucraniano Aleksei Reznikov, destacou à publicação que a estratégia que simula o domínio do otimismo também é confusa fora da Ucrânia, deixando o público ocidental questionando por que deveriam contribuir para a ajuda se o aliado na Europa Oriental está sempre “prestes a vencer”.
Fonte: sputniknewsbrasil