A quarta-feira (6) foi mais um dia intenso para o produtor de café. Mantendo a volatilidade já esperada pelo setor, as cotações recuaram 4,63% – o equivalente a mais de 800 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Março/24 teve queda de 850 pontos, negociado por 175,25 cents/lbp, maio/24 teve desvalorização de 795 pontos, cotado por 173,55 cents/lbp, julho/24 teve baixa de 775 pontos, valendo 174,20 cents/lbp e setembro/24 registrou queda de 775 pontos, valendo 175,30 cents/lbp.
O mercado do café continua repleto de dúvidas e por isso, segundo analistas, a volatilidade deverá ser mantida até pelo menos a virada para 2024. A incerteza em relação à produção global é o que mais gera desconforto nos operadores. As preocupações com o Brasil e outras origens produtoras persiste, mas ao mesmo tempo dados oficiais indicam uma oferta confortável para o próximo ciclo.
Segundo dados divulgados pela Organização Internacional do Café (OIC) e publicado também na análise internacional do Barchart, a OIC projetou alta de 5,% na produção mundial no ciclo 2023/24, com o total de 178 milhões de sacas. Já com relação ao consumo, a Organização destacou números com 2,2% de alta, com 177 milhões de sacas. O resultado seria um excedente de 1 milhão de sacas de café.
No Brasil, as atenções continuam voltadas para as altas temperaturas nas lavouras. Apesar de existir certo consenso de que a safra do ano que vem pode ser mais expressiva, algumas lideranças descartam a possibilidade de uma super safra para o próximo ciclo. O cenário é o mesmo para o arábica e para o conilon.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também encerrou com desvalorização, tendo ainda a pressão da safra do Vietnã. Março/24 teve queda de US$ 41 por tonelada, valendo US$ 2512, maio/24 teve baixa de US$ 39 por tonelada, cotado por US$ 2474, julho/24 registrou queda de US$ 41 por tonelada, valendo US$ 2438 e setembro/24 teve baixa de US$ 46 por tonelada, cotado por US$ 2401.
No Brasil, algumas das principais praças de comercialização do país acompanharam o dia de desvalorização no mercado físico.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 5,26% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 919,00, Machado/MG teve queda de 2,06%, valendo R$ 950,00, Varginha/MG teve baixa de 2,06%, cotado por R$ 950,00, Campos Gerais/MG teve queda de 3,53%, valendo R$ 956,00 e Franca/SP teve baixa de 3,06%, valendo R$ 950,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 5,97% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 961,00, Varginha/MG teve queda de 4,85%, valendo R$ 980,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 3,33%, valendo R$ 1.016,00.
Fonte: noticiasagricolas