Após cancelar dispensas, GM abre plano de demissão voluntária em São José dos Campos (SP)


Após anunciar o cancelamento das 1.245 demissões em duas fábricas, a GM vai abrir um PDV (programa de demissão voluntária) na unidade de São José dos Campos (SP), segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Os metalúrgicos aprovaram a ação em uma assembleia realizada nesta sexta-feira (1º). Segundo a entidade, a empresa espera a adesão de ao menos 830 trabalhadores. O programa é aberto a todos que estão operando regularmente na fábrica ou que estejam em licença remunerada.

A proposta, segundo o sindicato, prevê diferentes remunerações, de acordo com o tempo de casa. Para trabalhadores que tenham de um a seis anos de fábrica, estão previstos os pagamentos de:

Trabalhadores que tenham sete anos ou mais de fábrica devem ganhar:

O período de adesão é de 5 a 12 de dezembro. O sindicato diz que, para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada.

Para quem não aderir ao programa, haverá estabilidade no emprego até 31 de maio de 2024. Em relação aos dias parados durante a greve, a proposta prevê a compensação de 50% até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção.

A fábrica de São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.

Procurada por Autoesporte, a GM enviou a seguinte nota:

“Os empregados da General Motors das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes aceitaram a proposta da empresa de um programa de desligamento voluntário (PDV), após assembleias realizadas pelos sindicatos dos metalúrgicos das respectivas unidades”.

A crise na fábrica de São José dos Campos começou quando uma greve foi convocada no dia 23 de outubro depois da empresa demitir diversos funcionários por telegramas e e-mail no final de semana. Além disso, até grávidas estavam na lista de corte da fabricante.

Na época, a GM admitiu a greve e disse que entendia o impacto “na vida das pessoas”. Ainda assim, ressaltou que a “adequação era necessária” para manter agilidade nas operações após “quedas nas vendas”.

Para colocar um fim à greve, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos cobrava o cancelamento das demissões. Isso aconteceu entre quarta-feira (1) e sexta-feira (3), quando o TST rejeitou o pedido de liminar da montadora para manter os desligamentos.

Com isso, ficou mantida a decisão de reintegração de todos os demitidos com a proibição de realização de novas dispensas, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia, por trabalhador.

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Fonte: direitonews

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