Intervenção chinesa em ‘marcha’ provoca resultados mistos para o minério


Em meio à escalada intervencionista do governo de Pequim sobre o mercado, as cotações futuras do minério de ferro exibiram resultados mistos, na sessão desta quarta-feira (29), com destaque para o avanço notável da commodity do tipo seaborne, que atingiu a máxima de US$ 150 por tonelada, para o primeiro semestre de 2024.

Configurando a quinta queda consecutiva, os contratos futuros do insumo siderúrgico, negociados na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China), voltaram a cair, numa clara reação ao ímpeto regulatório mandarim. Como resultante, o minério de ferro mais negociado, para janeiro próximo, recuou 0,5% a 955 iuanes ou US$ 134,17 por tonelada, no fechamento.

Em contraponto, a commodity negociada, igualmente para janeiro próximo, na bolsa de Singapura, avançou 0,8% a US$ 128,40 a tonelada, após cair até 3% na sessão anterior.

Do ponto de vista das autoridades, o argumento para a postura supervisora teria por finalidade garantir um mercado saudável, por meio de pesquisas sobre os índices de preços de várias commodities (incluindo aço e minério de ferro), enquanto analistas pretendem continuar observando as sucessivas intervenções mandarins, a título de controlar os preços.

Um exemplo foi a ação do centro de monitoramento de preços da Comissão de Desenvolvimento e Reforma, após a emissão de dois avisos relativos ao reforço da supervisão do mercado de minério de ferro, na semana passada.

No paralelo, a atividade industrial chinesa registrou contração, pelo segundo mês seguido, em novembro corrente, de acordo com pesquisa elaborada pela agência de notícias britânica Reuters, o que motivou pedidos por medidas adicionais de incentivo em favor da demanda, que beneficiem as fábricas.

Em comunicado emitido na última terça-feira (28), o bc chinês (PBoC, na sigla em inglês) acentuou que a política monetária continuará mais flexível, tendo em vista manter aquecida a economia mandarim. Ao mesmo tempo, há expectativa de adoção de reformas estruturais, ao longo do tempo, visando reduzir a dependência da infraestrutura e da propriedade para o crescimento.

Fonte: capitalist

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