O início da operação militar especial russa na Ucrânia contribuiu para a expansão de uma parceria diplomática e econômica mutuamente benéfica entre os dois países, o que preocupa os países ocidentais.
À medida que Xi Jinping e Vladimir Putin se aproximam cada vez mais, sua desconfiança mútua dos EUA pode ser sua força unificadora, observa publicação.
Após o início do conflito ucraniano, o Ocidente começou a impor pacotes de sanções antirrussas, e Pequim se tornou o principal parceiro diplomático e econômico da Rússia, escreve a edição, acrescentando que a viagem do líder russo ao Fórum do Cinturão e Rota é a melhor ilustração dessa aliança.
Além disso, o volume do comércio entre os dois países aumentou acentuadamente, e no ano passado totalizou US$ 190 bilhões (R$ 961,27 bilhões), observa a mídia.
A China tornou-se o maior parceiro comercial da Rússia, representando até 20% do total das importações no ano passado, e a China também substitui as empresas ocidentais fornecendo eletrônicos, carros e roupas.
Por sua vez, a Rússia vende recursos naturais, principalmente petróleo. Assim, no ano passado as exportações para a Rússia, pagas em yuans, aumentaram 32 vezes, e nos primeiros oito meses de 2023 seu volume aumentou 62%.
Essa cooperação também ajuda Xi Jinping a alcançar o objetivo de longo prazo de fortalecer o yuan no mercado mundial e minar a hegemonia do dólar. O conflito ucraniano fez mais para avançar nessa direção do que décadas de esforços do governo chinês, sugere a agência norte-americana.
Apesar das limitações no apoio de Pequim, as relações entre os dois países estão se tornando cada vez mais simbióticas, de acordo com a publicação.
Bloomberg salienta que, para os Estados Unidos e o Ocidente, a aliança russo-chinesa é um adversário bastante sério na corrida pela reformulação da ordem mundial.
Fonte: sputniknewsbrasil