“Ainda não temos esse escritório. Isso também pode ser um grande entrave, aliado ao desconhecimento e à baixa busca por esses recursos [por empresas, governos estaduais e municipais e pela própria União]”, acrescenta a especialista, que vê uma probabilidade de a presidência de Dilma no banco acelerar o processo de instalação. “Também falta um pouco de conhecimento sobre quais projetos podem ser de fato financiados pelo banco”, diz.
Plano estratégico prioriza sustentabilidade
“Precisam se enquadrar nessa pegada de maior sustentabilidade, inclusive na própria execução, para conseguir os recursos. Talvez os outros países estejam mais preparados, tenham projetos que se enquadrem melhor nesses escopos e acabem com maior índice de aprovação que o Brasil. […] É necessário se adequar a esse novo objetivo para conseguir angariar recursos”, explica.
Apoio à retomada econômica
Já a professora de economia do Insper, Juliana Inhasz, defende que o país se utilize da própria estratégia da instituição, que é a sustentabilidade como projeto central, para o país alavancar sua economia. “Seria interessante que esse recurso fosse usado para financiar uma infraestrutura com energia limpa, melhor do que a que temos hoje, e auxiliasse em uma reindustrialização no país inteligente e estratégica”, conclui.
Concorrência com Índia e China
“Ter cotas iguais, de fato, não é o mesmo que ter uma equidade de seleção. O voto [dos membros] pode ter o mesmo peso, mas a política por trás de cada um é bastante diferente. E é nisso que China e Índia se destacam”, relata.
Crescimento que atrai
“As oportunidades de fato estão no fortalecimento da posição brasileira como um player global, não comercial, mas um ator relevante na seara geopolítica, na arena política global. E [há] outros pontos também relevantes, como o Brasil estar hoje na presidência da cadeira rotativa do Conselho de Segurança [da ONU]”, finaliza.
Fonte: sputniknewsbrasil