Segundo a publicação, a escalada do conflito no Oriente Médio pode se tornar um grande teste para a China, que procura fortalecer a sua influência na região, que é “tradicionalmente dominada pelos EUA”.
Os Estados Unidos continuam ser a potência militar mais forte no Médio Oriente, e na crise atual já “demonstraram seu poder” enviando dois grupos de porta-aviões para o Mediterrâneo, continua jornal.
Além disso, Washington também permanece o maior “jogador” diplomático nessa região e o maior aliado de Israel.
Ao mesmo tempo, a China, cujo papel econômico na região cresceu rapidamente nas últimas décadas, está com boas relações com quase todos eles, incluindo o Irã, o “arrimo” do Hamas e do Hezbollah do Líbano.
A publicação relembra que nos últimos anos Pequim desempenhou um papel importante na atração de quatro países do Oriente Médio – Egito, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – para o grupo BRICS, além de contribuir para a mediação das relações entre a Arábia Saudita e o Irã.
Analistas também observam que, após o início da guerra entre Israel e Hamas, a China “atingiu um tom neutro”, pedindo sem medo para ambos os lados “permanecerem calmos” e não condenando as ações da facção palestina.
“É verdade que a China pode negociar algo entre a Arábia Saudita e o Irã, mas isso não está criando nenhuma grande confiança do lado israelense“, disse um diplomata.
Assim, segundo ele, se a China não escolher um lado em breve, não será capaz de arbitrar ou mediar o conflito.
Fonte: sputniknewsbrasil