Morreu nesta sexta-feira (13) Antônio Megale, que presidiu a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) entre 2016 e 2019. Ele foi considerado por muitos o “pai“ do Rota 2030, conjunto de regras e objetivos para apoiar desenvolvimento tecnológico, eficiência energética e outros pilares da produção automotiva.
Megale teve papel importante na evolução da indústria nacional com o Rota 2030. Após o fim do Inovar-Auto em 2017, outro programa do governo de incentivos a tecnologia e evolução da cadeia produtiva, o então executivo encabeçou o novo plano e foi responsável por convencer o presidente da República da época, Michel Temer, a tirar o projeto do papel.
Segundo a Anfavea, Megale derrubou “todas as barreiras” e conseguiu concretizar o Rota 2030 em julho de 2018. Meses depois, em outubro do mesmo ano, Temer assinou o decreto e regulamentou o programa na abertura do Salão do Automóvel de São Paulo.
Ele se dedicou por quatro décadas ao setor automotivo. Além de ter sido presidente da Anfavea, também esteve à frente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) entre 2011 e 2014, e foi vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) entre 2017 e 2021. No ano passado, havia anunciado sua aposentadoria.
Antônio Megale era mineiro e formado em engenharia mecânica pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com pós-graduação em administração de empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em sua trajetória na indústria, ainda foi diretor de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil, e somou passagens por Chrysler e Renault. Deixou a esposa e dois filhos.
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Fonte: direitonews