Membros do PL criticaram duramente o apoio de partidos e de organizações ao terrorismo do Hamas e defenderam o uso de sirenes para alertar a população da iminência de catástrofes durante a sessão de quarta-feira (11) da Assembleia Legislativa.
“Por mais que se tente justificar alguma forma de dizer que a Palestina tem suas razões, neste momento em que morrem crianças, mulheres e idosos, como se consegue se posicionar em favor dos caras? Por mais que você ache que eles têm alguma razão, isso para mim é apologia ao crime”, avaliou Jessé Lopes, que lembrou que em Israel residem e trabalham cerca de 1,6 milhão de palestinos.
Sargento Lima (PL), Carlos Humberto (PL), Lunelli (MDB) e Emerson Stein (MDB) apoiaram o colega.
“Tenho opinião formada em relação ao ataque terrorista sofrido pelo povo israelense. Se uma comitiva desse governo fosse a Israel o máximo que fariam seria financiar pelo BNDS uma obra naquele país”, ironizou Lima, acrescentando que no caso de o Exército ser enviado, após a reconstrução das cidades, os militares pintariam “o meio fio com cal”.
“Crianças, idosos e mulheres reféns do Hamas e lá pelas tantas recebi um vídeo sobre partidos e movimentos sociais apoiando abertamente a carnificina”, disparou Humberto, referindo-se ao PCO, ao PSTU e ao MST. “Isso é uma doença que tem de ser curada, esta gente não presta”, garantiu.
“Diante de cenas dramáticas chegam notícias de brasileiros e catarinenses aguardando para deixar o país, não tem como não se sensibilizar com o que aconteceu e com o que vai acontecer”, lamentou Lunelli, que cobrou um posicionamento do governo brasileiro sobre o Hamas. “Ficamos perplexos com a demora do governo brasileiro em classificar o grupo Hamas como terrorista”.
“Pessoas sem coração, desumanas, fazendo isso com crianças, precisava um posicionamento muito forte do Brasil, mas aqui a gente tem, somos família, contra o aborto e massacrar crianças? Preferi não ver as imagens”, confessou Stein.
Por outro lado, Sargento Lima informou o protocolo de projeto de lei, rejeitado pelas comissões técnicas em 2022, que dispõe sobre a instalação de sirenes em locais identificados como áreas de risco, tal como encostas e represas.
“O projeto não prosperou por meras questões políticas, com justificativas descabidas. O mundo inteiro usa isso, não é bom para Santa Catarina, mas é bom para os EUA e para o Japão. O mundo inteiro usa, é barato e temos áreas de risco suscetíveis a desmoronamento, como tivemos dois acidentes em Florianópolis com represas, por isso gostaria de contar com o apoio de todos”, pediu Lima.
“Total apoio ao projeto, inclusive o governador de São Paulo, nesses deslizamentos que aconteceram nas praias paulistas, ele fez a instalação de sirenes”, apontou Humberto.
Último discurso
Zé Caramori (PSD) foi à tribuna para fazer o último discurso do período de 30 dias em que exerceu o cargo de deputado, haja vista a licença de Napoleão Bernardes (PSD).
“Minha última fala neste breve mandato, conhecido como mandato relâmpago, mas muito feliz por aqui estar na licença do deputado Napoleão Bernardes, imagino que terei outras oportunidades para voltar aqui como deputado, mas seguramente voltarei como cidadão para contribuir”, informou Caramori.
O deputado fez um relato da situação das reivindicações do Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira, de Chapecó.
“O Hospital Regional apresenta déficit mensal na casa dos R$ 6 mi, está em uma situação falimentar. Levamos à secretária da Saúde, ao governador, fizemos coro à Bancada do Oeste buscando uma solução efetiva com o repasse garantido todos os meses no montante equivalente à folha de pagamento, pelo menos”, registrou Caramori.
Acerca das rodovias, Caramori noticiou a inclusão no Programa Estrada Boa da SC-350, entre Lebon Régis e Caçador, assim como a construção de uma passarela na SC-283, em Seara.
Lucas Neves (Podemos), Carlos Humberto, Lunelli, Neodi Saretta (PT), Pepê Collaço (PP), Mário Motta (PSD), Fabiano da Luz (PT) e Mauro de Nadal (MDB), presidente da Casa, parabenizaram Caramori e elogiaram o desempenho do ex-prefeito de Chapecó no exercício do mandato de deputado.
Dancinha erótica
Massocco (PL) criticou a realização de uma dança erótica em uma cerimônia oficial do Ministério da Saúde, em Brasília.
“Um evento no Ministério da Saúde teve dancinha erótica. De vermelho, a dançarina faz movimentos eróticos em um verdadeiro show, tudo em um seminário que envolveu profissionais da saúde e no intervalo do evento largaram esse tipo de cultura”, deplorou o parlamentar, que questionou o custo da apresentação.
Barragem de José Boiteux
Mário Motta ponderou as condições operacionais da barragem de José Boiteux, cujas comportas foram fechadas papa mitigar os efeitos das cheias no Vale do Itajaí, principalmente em Blumenau.
“Mais uma vez o estado sofre com as enchentes, e a inciativas para mitigar as enchentes o governo recorreu às barragens e assim foi feito com a maior delas, situada em José Boiteux. Além de haver um processo conturbado com a população indígena, a barragem estava abandonada há décadas”, relatou Motta.
O deputado alertou que quanto mais armazena água, maior é a preocupação com a estrutura da barragem. Entretanto, segundo Motta, parecer técnico de 2021 concluiu que a barragem está em boas condições, encontrando-se em nível de “atenção”.
Motta defendeu a execução da reforma da barragem o mais rápido possível e anunciou que o custo estimado é de cerca de R$ 9 mi.
Dinheiro para recuperar os estragos das cheias
Pedrão (PP) defendeu que o governo federal e o governo estadual enviem recursos aos municípios para a recuperação dos estragos causados pelas cheias.
“Agradeço o apoio ao requerimento pedindo a transferência de recursos do governo federal e do governo estadual para reconstruir as cidades atingidas, se fala em R$ 500 mi para reconstruir, perdemos estradas, cidades, bens materiais e espero que nas próximas horas não haja perda de vidas, é bastante grave o que vamos viver”, admitiu Pedrão.
O deputado pediu a elaboração de um plano de combate às enchentes, com a profissionalização das defesas civis municipais e a ampliação das barragens de contenção, como a projetada para o município de Mirim Doce, no Alto Vale do Itajaí.
190 anos de Porto Belo
Emerson Stein exibiu no telão do plenário um vídeo contendo as belezas de Porto Belo, celebrando assim os 190 anos de Porto Belo.
“Tive a felicidade de ser prefeito da cidade por dois mandatos, uma população que trabalha, que se dedica. Porto Belo tem um dos maiores PIBs da nossa região, parabéns Porto Belo, parabéns a sua gente”, declarou Stein.
AGÊNCIA AL
Fonte: alesc.sc.gov