O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse ao secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, “com expressões fortes que os EUA, como aliado, deveriam parar de trabalhar com a organização terrorista YPG no norte da Síria”, de acordo com uma declaração lida do Ministério das Relações Exteriores da Turquia citada pela Bloomberg.
A Turquia vem conduzindo ataques aéreos retaliatórios contra militantes do YPG no norte da Síria, e ontem (5), um caça F-16 norte-americano abateu um drone turco que voou até meio quilômetro das forças dos EUA na Síria, um raro exemplo de dois aliados da OTAN entrando em conflito, o que levou a lira a enfraquecer relata a mídia.
“As operações antiterroristas da Turquia no Iraque e na Síria continuarão com determinação”, disse Fidan durante a ligação com Blinken.
As duas autoridades concordaram que um mecanismo de desescalada existente entre as forças turcas e dos EUA no Iraque e na Síria deveria ser eficazmente operado “de uma forma que não prejudicasse” a luta da Turquia contra o terrorismo.
Washington por sua vez, alertaram a Turquia contra ataques aéreos unilaterais que poderiam ameaçar o pessoal americano. Antes de derrubar o drone ontem, os EUA emitiram vários alertas para avisar aos militares turcos que estavam operando perto das forças terrestres norte-americanas.
Hoje (6), o Ministério das Relações Exteriores turco reconheceu que o drone armado pertencia à Turquia. Numa declaração por escrito, afirmou que o drone “foi perdido devido a diferenças nas avaliações técnicas […] com terceiros”.
“As operações aéreas visavam eliminar a ameaça terrorista que emana do norte da Síria”, disse a pasta citada pela mídia.
O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, lamentou o ocorrido e apelou à redução da escalada num telefonema com o seu homólogo turco, ao mesmo tempo que reconheceu as “preocupações legítimas de segurança” da Turquia, afirmou o Pentágono em um comunicado.
Os laços entre os dois aliados da NATO ficaram recentemente mais tensos, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a atrasar a entrada da Suécia na OTAN. Fidan e Blinken também discutiram a proposta de adesão da Suécia, disse a leitura turca sem dar mais detalhes.
Fonte: sputniknewsbrasil