Analista: desbloqueio de fundos húngaros por Bruxelas é ‘chantagem flagrante’ para ajudar Kiev


“A Comissão pretende descongelar cerca de € 13 bilhões de financiamento até o final de novembro”, afirmou o FT.

O cientista político e professor associado da Universidade Estatal de Moscou, Oleg Makarenko, disse à Sputnik que a Comissão Europeia está disposta a violar as suas próprias regras para ajudar a Ucrânia.

“A política da Hungria continua a mesma: os interesses do país vêm em primeiro lugar e os interesses da UE em segundo lugar. A Hungria não mudou nada, o primeiro-ministro [Viktor] Orbán não assume uma posição diferente. E o que está acontecendo em torno de Budapeste é uma chantagem flagrante, um dos métodos da Comissão Europeia. Mentirosa e hipócrita. Não se importa com as suas próprias regras e com o Estado de direito, a sua principal tarefa é ajudar a Ucrânia”, disse Makarenko.

Guardas de honra húngaros içam a bandeira nacional em frente ao edifício do parlamento em Budapeste, Hungria, 15 de março de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2023

Nas suas palavras, Budapeste vai ser solicitada a fornecer ajuda militar a Kiev.
“Assistência com armas que existem na Hungria desde o período pós-soviético e que podem ser usadas por soldados ucranianos não treinados. Isso já se esgotou na Europa, por isso estão a comprar de volta o melhor que podem o material disponível para as Forças Armadas Húngaras “, acrescentou o cientista político.
No final de 2022, a Comissão Europeia bloqueou cerca de € 22 bilhões (cerca de R$ 118,1 bilhões) de fundos europeus atribuídos à Hungria, alegando o suposto incumprimento dos direitos humanos e do Estado de direito no país. No dia 29 de setembro, Budapeste declarou que Kiev não receberia um cêntimo do orçamento da União Europeia (UE) até que a Hungria recebesse os fundos que lhe eram devidos.
A Hungria, parte da União Europeia, criticou em inúmeras ocasiões as sanções antirrussas e o apoio incondicional da Ucrânia, alertando que estas medidas afetam gravemente as economias de todo o bloco europeu, enfraquecendo seus países-membros sem atingir seu objetivo de enfraquecer a Moscou.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, durante uma declaração conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, antes de uma reunião na chancelaria em Berlim, Alemanha, 10 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 29.09.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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