Na tentativa de fazer o carro beber menos e poupar as finanças, tudo entra em pauta em um automóvel. Seja a calibração dos pneus, a dose de força para pressionar o pedal do acelerador, entre outras coisas. A última delas que surgiu é a cor do carro. Mas, afinal, a pintura de um veículo influencia o consumo de combustível?
Pode parecer uma bobagem, mas a resposta é sim, embora indiretamente. Afinal, a tinta usada na lataria não deixa o carro mais pesado ou altera qualquer propriedade mecânica do produto, mas vai impactar diretamente na temperatura interna do habitáculo, onde ficam motorista e passageiros.
O Bekerley Lab, laboratório localizado na Califórnia (EUA), divulgou um estudo sobre isso. A empresa deixou sob o sol dois Honda Civic idênticos, sendo um pintado de prata e outro de preto. Ambas as unidades ficaram no local por uma hora.
Ao terminar o ensaio, o interior do Honda Civic prata estava entre 5° e 6° celsius mais gelado (ou menos quente) que o habitáculo da unidade do sedã pintado de preto. A grande sacada nisso é que a carroceria mais clara, que consegue refletir até 60% dos raios solares, enquanto a lataria em preto refletiu apenas 5%.
Com isso, o ar-condicionado seria 13% menos usado no carro prata do que no carro preto, o que impacta diretamente no consumo final, fazendo veículos de cores claras sempre mais econômicos que seus equivalentes escuros. Vale lembrar que a Autoesporte já testou se um veículo gasta mais combustível usando ar-condicionado e comprovou que sim, embora a diferença seja pequena.
Além da cor alterar o consumo de combustível, também impacta no meio ambiente. Afinal, quanto mais se exige o ar-condicionado, maior é o consumo e, consequentemente, mais alto o volume de poluição de óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, dióxido de carbono e hidrocarbonetos emitidos.
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Fonte: direitonews