Nesta sexta-feira (29) aconteceu no auditório do Instituto de Computação (IC) o Encontro de Geólogas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva participou do evento e exaltou os debates realizados pelas participantes. Na oportunidade, as professoras discutiram a necessidade de políticas de equidade para as estudantes e profissionais da área, bem como também pesquisas que mostram a distorção de oportunidades para cada gênero.
O professor Evandro Soares da Silva destacou que o evento é uma importante ferramenta na construção de equidade. “O Tchá Cô Bolo das Meninas da Geo é um ambiente extremamente fértil para discussões sobre a inserção das mulheres do curso de Geologia. No mercado de trabalho, ainda que hajam mais formandas elas não são maioria”, disse o reitor da UFMT lembrando dos dados expostos na palestra pela professora Silane Caminha. A docente apontou que o número de ingressantes mulheres é menor que os homens, mesmo que o número de geólogas formadas seja maior.
O Meninas da Geo é para de um evento de Extensão que acontece desde 2016, o Tchá cô Bolo Geológico. “O Tchá Cô Bolo Geológico é composto por várias palestras e acontece desde 2016. A gente tem várias temáticas e o Meninas da Geo é para ajudar no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Bárbara Albués que termina no semestre 2023/1”, relatou a professora Ana Costa sobre o processo de formação de estudantes de Geologia ao longo de 20 anos. A pesquisa aborda a formação de mulheres e homens e também a presença dos grupos no mercado de trabalho.
A estudante Bárbara Albués explicou que a ideia para o TCC surgiu a partir da percepção da universidade e do mercado de trabalho. “Foi uma questão de percepção em que quando a gente olha o corpo docente, o número de professoras é menor; ou quando a gente faz aula de campo em mineração o número de geólogas é menor. Quero saber onde estão as geólogas porque elas foram formadas”, pontuou. De acordo com a estudante há uma desvantagem entre as profissionais em formação e formadas no campo das Geociências.
Para a estudante as discussões sobre gênero avançam para diferentes áreas e está presente também nas Geociências.“A questão de gênero é debatida em todos os lugares e todas as esferas como em diferentes direitos, a exemplo da igualdade salarial, como no debate que trazemos para as Geociências”, finaliza a estudante Bárbara Albués.
Fonte: ufmt