A Comissão de Meio Ambiente e Turismo da Alesc, em parceria com o Centro de Estudos e Promoção de Agricultura de Grupo (Cepagro), promoveu nesta quarta-feira (27) o painel sobre as experiências de compostagem em municípios catarinenses. O evento foi realizado no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright e integrou a programação do 6º Curso de Gestão Comunitária de Resíduos Orgânicos e Agricultura Urbana do Cepagro.
O público acompanhou a apresentação de três experiências de compostagem, realizadas nos municípios de Rancho Queimado, Lages e Florianópolis. Segundo o coordenador do Cepagro, Julio Maestri, essas iniciativas foram financiadas com recursos do edital do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas para projetos de reciclagem orgânica.
“São experiências que, além de resolver um problema, que é a destinação correta dos resíduos orgânicos, trazem uma solução para uma agricultura mais ecológica”, comenta Maestri.
O objetivo do painel foi disseminar a compostagem como uma forma de tratamento descentralizada dos resíduos orgânicos, além de trazer elementos para o uso de forma segura do composto orgânico para fortalecer a rede de agricultores no entorno das cidades. Participaram das exposições Katy Kayser, do Projeto R4 de Rancho Queimado; Silvia Oliveira e Germano Gütter, do Lixo Orgânico Zero de Lages; e Karina de Souza e Daiana Bastezini, do projeto desenvolvido pela Prefeitura de Florianópolis.
O evento contou, ainda, com a participação do representante do Ministério do Meio Ambiente Romeu Francisco Gadotti. Ele apresentou ao público o novo edital para financiamento de projetos na área da compostagem, lançado neste mês, voltado a municípios e consórcios de municípios.
“O assunto é muito importante para a área ambiental e para a área de resíduos. Hoje a gente paga para depositar essa matéria orgânica no aterro sanitário, que poderia ser muito bem reaproveitada”, disse.
O presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, deputado Marcos José de Abreu, o Marquito (Psol), é um incentivador da compostagem. Ele apresentou projeto de lei (PL) que está em tramitação na Ales com o objetivo de criar uma política estadual voltada à atividade.
“A compostagem é um tema que precisa avançar na sociedade. Não faz sentido mandar esse resíduo orgânico para aterro, lixão ou queimar, sendo que ele poderia voltar para a terra. E a compostagem pode ser uma solução viável, economicamente, social e ecologicamente, pois pode ser feita em casa, numa empresa”, afirmou o deputado.
Agência AL
Fonte: alesc.sc.gov