A ousadia criativa do artista plástico e poeta Paulo Aquarone dá o tom da mostra Poemas Multimídia, aberta até 12 de outubro à visitação pública na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, na Capital.
Nesta exposição de Poemas Multimídia, o artista-poeta Paulo Aquarone explora, em 17 peças, as fronteiras entre o verbal e o visual, entre o tangível e o intangível, entre o palpável e o imaginário.
Como Paulo Aquarone explica, o processo de criação dessa exposição vem de diversos anos de trabalho. “A nossa inspiração é a condição humana, mostrada de forma lúdica em objetos tridimensionais.”
Como definiu o poeta Augusto de Campos, “o trabalho de Paulo Aquarone acentua, com exuberância, que as poéticas da visualidade mostram continuado interesse, oferecendo novas possibilidades de desenvolvimento e expansão.”
Poemas Multimídia é uma das dez exposições selecionadas pelo concurso para Projetos Artísticos da Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho para 2023 da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
A obra
Em um cenário onde as palavras transcendem seus limites, objetos cotidianos ganham nova voz. As peças convidam o espectador à contemplação interativa, quando a poesia se funde com a matéria e o conceito transcende o objeto.
A espacialidade é a tela sobre a qual os versos se recriam e se expandem, ocupando o espaço físico de maneiras inusitadas e ganhando vida tridimensional. Esta mostra é um convite a perceber a poesia não apenas como palavras estáticas, mas como resposta da criatividade humana.
O artista-poeta
Com um extenso currículo, Paulo Aquarone, 67 anos, é poeta multimídia brasileiro, produz desde a década de 1990 trabalhos poéticos com apelo visual, buscando diversas mídias para concluí-los, entre elas o computador e internet, que utiliza para divulgação e produção. Também nesse período realiza exposição com poemas em vídeos, objetos, fotos, instalações e interativos em diversos espaços, como Centro Cultural São Paulo, Casa das Rosas-Espaço Haroldo de Campos, FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) no prédio da Fiesp, Biblioteca Nacional de Lisboa em comemoração aos 500 anos do Brasil (Prêmio), Caixa Econômica Federal, Biblioteca Central do Rio de Janeiro, Biblioteca Mário de Andrade, Conexões Tecnológicas – Prêmio Sérgio Motta de arte e tecnologia, Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho do Flamengo, entre outros, também participou com seu trabalho em diversas publicações; Boek 861 (Espanha), Celuzlose (Brasil), Expoesia visual experimental (México), Soplen Rabiosamente Autorreflexivos de Clemente Padín (Argentina), L’eiffel terrible (Espanha), Texto Digital (Brasil), Literatas (Moçambique), etc.
Agência AL
Fonte: alesc.sc.gov