Estudante com deficiência avança em internato no HUJM


O acadêmico Igor Stelmastchuk Nogari é portador da síndrome de Stargardt, que limita até 80% da visão dos pacientes e conseguiu realizar seu sonho de cursar medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com 27 anos e natural do Paraná atualmente está no internato de medicina no rodízio de clínica médica do Hospital Júlio Muller. Ele é a primeira pessoa no curso de medicina da UFMT e no internato com deficiência.

Igor também fala sobre os desafios enfrentados durante sua jornada na faculdade de medicina. “Na minha jornada como estudante de medicina, enfrentei diversos desafios decorrentes da minha baixa visão severa. Contudo, é justamente através do enfrentamento dessas adversidades que busco alcançar minha plena realização tanto pessoal quanto profissional. Ao refletir sobre os principais desafios que enfrento, encontro inspiração em citações filosóficas e científicas, que ajudam a ilustrar minha jornada.”

Para auxiliar nos estudos, Igor conta que busca formas criativas e soluções inovadoras para superar as limitações visuais, com uso da tecnologia. “Ao estudar medicina, entendo que a visão é um sentido fundamental para o diagnóstico e o tratamento de muitas condições de saúde. Meu desafio se torna, então, encontrar formas criativas e eficazes de suprir as limitações visuais através do uso de tecnologias assistivas, como leitores de tela, ampliadores de texto e programas de voz.

A sinergia entre a minha paixão pela medicina e a busca por soluções inovadoras para contornar esses desafios é o que impulsiona meu progresso”, disse.De acordo com o estudante, a gentileza e a cordialidade têm sido valores fundamentais em sua trajetória. “O respeito pelo próximo e a capacidade de trabalhar em equipe são habilidades essenciais para um médico, independentemente das circunstâncias individuais ou das barreiras enfrentadas. Cultivar um ambiente colaborativo e inspirador ao meu redor tem sido uma das principais maneiras de superar meus desafios em todos os aspectos da vida acadêmica e pessoal”.

Fonte: ufmt

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