Estabilidade de economia chinesa favorece alta do minério de ferro


Sinais preliminares de estabilização econômica da China acabaram pesando, mais do que os problemas recorrentes do setor imobiliário do país, para a valorização das cotações futuras do minério de ferro, na sessão desta quarta-feira (20).

Ainda que moderada, a alta da commodity chegou a 0,5% a US$ 119,69 a tonelada, na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China), ao passo que esta avançou 1,4% a US$ 121,85 a tonelada, na bolsa de Singapura, num ensaio de recuperação, após duas sessões seguidas de queda. Neste mês, o preço de referência do insumo siderúrgico em Cingapura acumula elevação superior a 5%, se mantendo, até o momento, no patamar acima de US$ 120 por tonelada.

Reforça a perspectiva favorável, a observação de estrategistas de commodities da empresa multinacional australiana de serviços bancários e financeiros da ANZ, no sentido de que a commodity estaria ‘consolidando ganhos, em meio a uma melhor perspectiva para a China. Fazendo coro à essa percepção, analistas da Huatai Futures, em nota, avaliam que “a introdução contínua de políticas macroeconômicas desenvolvidas aumentou a confiança do mercado”.

Já o vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Cong Liang previu que “a China deverá intensificar os esforços de controle macroeconômico e se concentrará na expansão da demanda doméstica, no aumento da confiança, na prevenção de riscos e no esforço para atingir as metas anuais de desenvolvimento econômico”,

Outro dado positivo é fornecido pela consultoria Mysteel, ao revelar que, de janeiro a agosto deste ano, a extração de minério (ROM) na China avançou 7%, no comparativo anual, indo a 659,2 milhões de toneladas, segundo informações do Escritório Nacional de Estatísticas.

Ao mesmo tempo, no norte chinês, conforme o Índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério de ferro com teor de 62% de ferro fechou a sessão de hoje (20) em baixa de 1,4% para US$ 122,75 a tonelada, reduzindo para 3,9% os ganhos acumulados em setembro, e a 4,6% no ano. Outros insumos siderúrgicos igualmente apresentaram valorização na bolsa de Dalian, como o carvão metalúrgico e o coque, de 1,3% e 0,9%, respectivamente.

Também contribui para melhorar o cenário da segunda economia do mundo, o fator de o banco central chinês (PBoC) ter mantido inalteradas as taxas de empréstimo de referência, em fixação mensal, nesta quarta-feira (20).

Para o vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Cong Liang, “a China intensificará os esforços de controle macroeconômico e se concentrará na expansão da demanda doméstica, no aumento da confiança, na prevenção de riscos e no esforço para atingir as metas anuais de desenvolvimento econômico”.

Fonte: capitalist

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