Bom pra cachorro: Shopper mira receita de até R$ 85 milhões em 2024 com loja online dedicada a pets


Bruna Vaz e Fábio Rodas, fundadores do supermercado online Shopper encontraram no mercado pet um negócio — com o perdão do trocadilho — bom pra cachorro.

A empresa anuncia nesta quarta-feira, 20, o lançamento da Pet.Shopper, uma loja online dedicada a venda de produtos para animais domésticos.

Por ali o cliente pode encontrar mais de 1.000 itens para pets. Na lista estão:

  • rações
  • petiscos
  • tapetes higiênicos
  • areia para gatos
  • fenos para roedores
  • shampoos
  • e até uns brinquedinhos

Como funciona a Shopper

A compra dos produtos na nova loja segue o modelo de entrega que está no DNA da Shopper desde a fundação, em 2014.

Numa delas, chamada ‘compra programada’, os clientes escolhem com antecedência uma cesta de produtos a ser entregue em domicílio numa frequência também combinada previamente — 3 ou 4 semanas, 1 ou 2 meses e por aí vai.

Entre as vantagens do modelo está a previsibilidade. O cliente sabe de antemão o que está na lista de compras.

Para a Shopper, há mais assertividade na negociação com indústrias e distribuidoras de alimentos.

O planejamento serve para a Shopper ter um grau razoável de certeza na hora de encomendar os produtos aos fornecedores.

E, dessa maneira, contornar boa parte do desperdício de alimentos e bens de consumo que, na ponta, encarecem produtos na prateleira dos supermercados convencionais.

Qual é o tamanho da oportunidade para pets

Com potencial de atingir até 67,4 bilhões de reais em 2023, segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o mercado pet vem chamando a atenção das empresas.

Na Shopper, a ideia da loja para pets veio a partir de pesquisas com clientes. “Mais de 50% dos clientes da Shopper têm um animal de estimação”, diz Fábio Rodas.

Na loja convencional da Shopper já era possível comprar um ou outro item para pet, como rações.

A ideia de ampliar o mix e criar uma loja dedicada ao tema veio da constatação de que o ciclo de compras de produtos para pets nem sempre casava com o da compra de demais produtos.

“Há uma recorrência grande na aquisição de comida para pets e percebemos que muitos clientes queriam fazer compras de rações com bastante frequência”, diz Rodas.

“O consumo dos produtos pet é bem regrado, principalmente as rações e produtos de higiene, então o serviço de assinatura faz total sentido para atender essa demanda.”

Ao todo, a empresa vai investir mais de 10 milhões de reais na Pet.Shopper nos próximos 12 meses, com mais de 80% desse montante sendo direcionado a marketing e comunicação.

O que muda na Shopper com a nova loja

Além disso, parte de dois centros de distribuição da startup, localizados em Ribeirão Preto e São Paulo, serão dedicados aos produtos pet.

“O capital necessário para lançar a loja exclusiva de pet foi bem menor do que para lançar as outras lojas do app, porque nos últimos anos construímos uma estrutura de tecnologia modular, que nos permite adicionar novas verticais com pouco custo”, diz Bruna Vaz.

Com 6,7% da fatia do mercado, o e-commerce pet deve crescer mais de 200% até o fim do ano, passando de 1,44 bilhão de reais de faturamento em 2020 para 4,5 bilhões de reais em 2023, diz o IPB.

“A expectativa é faturar entre 65 e 85 milhões de reais com a Pet.Shopper em 2024”, diz Rodas.

Após o comércio eletrônico para pets, a ideia dos sócios da Shopper é criar uma área especializada em produtos de beleza profissional.

“Já temos centenas de itens de beleza profissional dentre os mais de 10.000 itens vendidos na plataforma, mas vemos espaço para a criação de uma loja separada, com um mix maior”, diz Vaz.

Nos planos está ainda a abertura de um espaço online para a venda de vinhos.

O histórico de aportes

Fundada há oito anos com um mix de menos de 1.000 itens, basicamente alimentos e produtos de limpeza, hoje a Shopper tem mais de 10.000 SKUs na plataforma.

Os investimentos da Shopper vêm quase dois anos após a empresa captar 170 milhões de reais numa rodada Série C liderada pelo GIC, o fundo soberano de Singapura, e por fundos de investidores experientes no varejo brasileiro como Quartz, de José Galló (chairman da Renner) e o veículo de investimentos da Minerva Foods.

No início de 2021, a Shopper já havia captado outros 120 milhões de reais numa rodada Série B.

Fonte: exame

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