Perda do mandato de Camilo Cristófaro foi aprovada por 47 dos 55 parlamentares
DA ASSESSORIA DE IMPRENSA
Em decisão histórica no país, o Plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (19/9) a cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) por quebra de decoro parlamentar, após uma fala racista feita durante uma CPI em maio do ano passado.
A perda do mandato foi aprovada por 47 dos 55 vereadores. O quórum necessário para a cassação era de 2/3 dos parlamentares, ou seja, 37 votos. Houve 5 abstenções, uma ausência e nenhum voto contrário. Camilo e Luana Alves (PSOL) estavam impedidos de votar por serem partes do processo.
“Cassar o mandato de um parlamentar é uma decisão difícil, não é algo que os demais vereadores fazem com prazer. No entanto, é uma decisão que atesta a seriedade da Câmara Municipal de São Paulo. A mensagem que a maior Câmara Municipal da América Latina passa hoje é de não ao racismo e não a todo tipo de preconceito. Esse tipo de atitude não pode mais ser tolerada, dentro e fora desta Casa”, diz o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União). “Todo o processo ocorreu com muita transparência e responsabilidade, garantindo amplo direito à defesa e ao contraditório”, afirma Leite.
A sessão de julgamento de Cristófaro durou cerca de três horas e incluiu, além de pronunciamentos dos vereadores, a fala do advogado Ronaldo Alves de Andrade, defensor do acusado.
Com a cassação do agora ex-vereador, assume o mandato o primeiro suplente do PSB, Adriano Santos.
Veja a íntegra da sessão de julgamento: https://www.youtube.com/watch?v=xB_HCadYpNE