Restrição da oferta e demanda forte ‘acendem’ alta das cotações do petróleo


A combinação entre a perspectiva de oferta mais restrita da commodity com o ‘otimismo’ da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) – ante ao que chamou de ‘resiliência’ da demanda por energia nas maiores economias do planeta – abriu margem para forte valorização do petróleo, na sessão desta terça-feira (12).

Mediante o entendimento do mercado, de que os contratos de referência do insumo estariam tecnicamente ‘sobrecomprados’, pelo oitavo dia consecutivo (nível mais elevado, desde novembro de 2022), o petróleo tipo Brent (referência global) avançou 1,6% (+US$ 1,42) a 92,06 dólares o barril, ao passo que o tipo WTI (referência ianque) cresceu 1,8% (+1,55 dólar) a US$ 88,84 o barril.

Como plano de fundo, a Opep reafirmou a expectativa de crescimento ‘robusto’ da demanda mundial da commodity neste ano e no próximo, para 2,25 milhões de barris por dia (bpd), levando em conta que as principais economias mundiais vêm se mostrando ‘fortes’.

Para o analista sênior de mercado da empresa de dados e análises Oanda, Edward Moya, em nota,  “os preços do petróleo estão subindo, depois que o relatório mensal da Opep mostrou que o mercado de petróleo estará muito mais apertado do que se pensava inicialmente”.

Ao mesmo tempo, grandes produtores do ‘ouro negro’, Arábia Saudita e Rússia anunciaram, na semana passada, a prorrogação dos cortes voluntários de oferta, que totalizam 1,3 milhão de bpd até o final deste ano. Também contribui para a restrição da oferta, a decisão da Líbia, outro membro da Opep, de fechar quatro de seus terminais de exportação de petróleo, no leste do país, como medida preventiva ante a uma iminente tempestade, ao passo que o Cazaquistão, também integrante da organização, pretende reduzir sua produção diária, para fins de manutenção.

Já a Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE) divulgou projeção de aumento – de 99,9 milhões de bpd em 2022, para 101,2 milhões de bpd em 2023, e 102,9 milhões de bpd em 2024 – da produção global de petróleo, enquanto a demanda mundial seria elevada, de 99,2 milhões de bpd em 2022, para 101,0 milhões de bpd em 2023 e 102,3 milhões de bpd em 2024.

Fonte: capitalist

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