O preço da gasolina subiu em 2023 com a volta de impostos federais e a taxa fixa de R$ 1,22 para o ICMS, imposto estadual. E, no segundo trimestre de 2023, encher o tanque do carro com o combustível consumiu até 12,1% da renda das famílias brasileiras. O estudo é do Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, calculado pela Fipe com base em dados da PNAD Contínua (IBGE), e divulgado pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade.
O dado representa a proporção da renda domiciliar mensal que é necessária para abastecer um tanque de 55 litros com gasolina comum no trimestre de referência, que vai de abril até junho. A média do Brasil foi de 6,5%.
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De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, o salário médio do brasileiro foi de R$ 2.787 em 2022. Baseado neste percentual, o brasileiro gastou, em média, R$ 181,15 do total da sua renda mensal para encher o tanque com gasolina.
O Nordeste (10,6%) é a região com o maior reflexo na renda mensal do brasileiro, alavancada pelos estados do Maranhão (12,1%), Alagoas (11,7%) e Bahia (11,3%). O trio não representa apenas os estados mais caros dessa região, como também do Brasil.
Seguindo a mesma lógica de cálculo da média nacional, no Maranhão é preciso desembolsar R$ 337,22 dos R$ 2.787 por mês, em média, só para encher o tanque com gasolina.
Em contraste, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram o menor percentual: o valor do tanque de gasolina correspondeu a 5,3% da renda domiciliar no segundo trimestre de 2023, destacando-se, neste caso, o percentual calculado para aqueles que vivem e abastecem no Distrito Federal (3,5%).
Estados do Sudeste e Sul completaram a lista de estados onde o custo de um tanque de gasolina representa a menor média da renda dos brasileiros, com percentuais apurados de 4,8%, em São Paulo, 5,3%, em Santa Catarina, e 5,4%, no Rio Grande do Sul.
Comparativamente, entre as capitais, os percentuais encontrados são menores, em razão do maior nível de renda. No levantamento do segundo trimestre de 2023, a cidade de Porto Velho (RO) registrou o maior percentual no ranking, com 9%, seguida por Rio Branco (AC), com média de 7,6%, e Manaus (AM) com 8,3%.
Já as capitais onde o custo de um tanque de gasolina é menor, o destaque vai para Florianópolis (SC), com 3,3%, seguido por São Paulo (SP) e Brasília (DF), ambas com 3,5%. Na média das capitais brasileiras, o custo de se abastecer um tanque de gasolina equivaleu a 4,2% da renda domiciliar mensal.
Média do preço da gasolina no Brasil
Segundo o último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), entre os dias 27 de agosto de 2 de setembro, a média nacional do litro da gasolina foi de R$ 5,87. Baseado no cálculo para encher um tanque de 55 litros, é necessário gastar R$ 322,85.
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Fonte: direitonews