Após descrever o maior longo período de alta, dos últimos 13 anos – ‘turbinado pelo anúncio, dos maiores produtores mundiais, Arábia Saudita e Rússia, de que pretendem manter, até o final deste ano, os respectivos cortes de produção, ao retirarem do mercado, diariamente, cerca de 1,3 milhão de barris – o petróleo registrou queda, na sessão desta quinta-feira (7), em decorrência do movimento de realização de lucros pelo mercado.
Em decorrência do citado ajuste, o petróleo do tipo Brent (referência global), recuou 0,75% a US$ 89,92 o barril, enquanto o tipo WTI (referência ianque) caiu 0,77% a US$ 86,87 o barril.
A despeito da breve baixa de hoje (7), a commodity acumula alta de 25% nos últimos dois meses, permanecendo no ‘positivo’ em oito das últimas dez semanas.
Para o declínio do insumo energético, também contribuiu o enfraquecimento do dólar, uma vez que, às 16h15, o índice DXY – medidor da relação da moeda dos EUA, ante as demais moedas – subia 0,18% a 105,05 pontos.
Ao mesmo tempo, na perspectiva, caso se mantenha por mais tempo, a medida saudita e russa – com o objetivo de forçar a valorização da commodity – poderá impor ao mercado, no último trimestre deste ano, um déficit diário de 1,5 milhão de barris, além de afetar globalmente a estrutura de produção e refino, justamente às vésperas do pico de demanda, no período de inverno. Diante desse cenário, a expectativa de analistas é de que o Brent deva atingir a marca de US$ 95 por barril, até o final de 2023.
Para o analista do UBS, Giovanni Staunovo, em nota distribuída aos clientes, “com a extensão dos cortes de produção, antecipamos um déficit de mercado de mais de 1,5 milhão de barris por dia no quarto trimestre de 2023”.
Ao mesmo tempo, a avaliação de especialistas é de que os Estados Unidos – na qualidade de um dos maiores consumidores e produtores do insumo energético do planeta – desempenham um papel-chave nesse mercado estratégico, haja vista que sua economia está inteiramente atrelada ao petróleo.
Fonte: capitalist