Um renovado otimismo do mercado, com relação às prometidas medidas de incentivo ao setor imobiliário chinês pelo governo de Pequim, deu novo alento às cotações futuras do minério de ferro, na sessão desta segunda-feira (4).
O anúncio feito por autoridades da China – maior produtora mundial de aço – de que pretendem ‘relaxar’ as restrições hipotecárias necessárias à aquisição de habitações no país, ao mesmo tempo em que tem buscado superar a crise do endividado setor imobiliário, mobilizou positivamente operadores do mercado, alimentando a expectativa de aumento da demanda pela commodity.
Reforça o apoio ao setor imobiliário a informação de que algumas cidades do gigante asiático estariam oferecendo empréstimos preferenciais a potenciais compradores de imóveis, para aquisição da primeira casa, dispensando a exigência de registros de crédito.
Ante a tais fatores, o contrato da commodity para outubro mais negociado na bolsa de Singapura teve alta simples de 0,4% para US$ 114,4 por tonelada, depois de chegar a US$ 116,10, seu maior patamar desde de 3 de abril deste ano.
Já na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China), o insumo siderúrgico subiu 0,1% a 844,5 iuanes ou US$ 116,20 por toneladas, depois de atingir a máxima de 865,50 iuanes, logo no início da sessão. Ao mesmo tempo, o carvão metalúrgico avançou 5,1%, à medida que cresciam as preocupações com o fornecimento do item, decorrentes de verificações de segurança em minas chinesas.
Também contribuiu para a ‘onda’ favorável a notícia de que o desenvolvedor chinês Country Garden teria obtido aprovação de seus credores, no sentido de alongar os pagamentos de um título privado onshore, segundo veiculou a agência britânica Reuters.
O diretor administrativo da Navigate Commodities, Atilla Widnell, acentuou que, sem apoio adicional dos fundamentos, no entanto, “os preços do minério de ferro deverão eventualmente gravitar para baixo [de volta ao nosso intervalo-alvo de médio prazo (92-108 dólares], uma vez que os mercados financeiros tenham se satisfeito com esperanças e sonhos de mais estímulos”.
Fonte: capitalist