Revertendo a alta pífia de 0,07% de julho, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou deflação de 0,22% em agosto, o que corresponde a uma elevação acumulada de 3,9% no período de 12 meses, segundo dados divulgados, nesta sexta-feira (1º), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Das oito classes de despesas que integram o indicador, quatro exibiram recuo, na passagem da terceira para a quarta quadrissemana do mês passado, com maior destaque para o grupo Educação leitura e recreação, que aprofundou a deflação, de -1,57% para -2,76%, no mesmo comparativo, sob influência do ‘derretimento’ dos preços da passagem aérea, de -10,18% para -16,33%.
Igualmente recuaram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,36%), a reboque da redução, de 0,98% para 0,45%, dos artigos de higiene e cuidado pessoal; Despesas Diversas (0,01% para -0,06%), ‘puxadas’ pelo ‘tombo’ de 0,23% para -0,54%, dos alimentos para animais domésticos, e Vestuário (-0,18% para -0,25%), sob influência da retração, de -0,34% para -0,42% de roupas femininas.
Pelo viés contrário, houve aceleração, de 0,18% para 0,51%, no grupo Habitação, por conta da expansão, de 1,12% para 2,42%, da tarifa de eletricidade residencial; de 0,2% para 0,39% do grupo Transportes, devido à alta de 0,78% para 1,24% da gasolina; da pequena baixa deflacionária, de -0,88% para -0,84%, do grupo Alimentação, como reflexo da desaceleração, de -3,13% para -2,16%, do item aves e ovos; assim como da pequena elevação, de 0,02% para 0,03%, do grupo Comunicação, decorrente do avanço, de 2,86% para 3,58%, dos serviços de streaming.
Por itens, as maiores pressões de baixa do IPC-S no mês passado partiram da batata-inglesa (-15,80% para -15,21%); tomate (-9,84% para -8,55%); mamão papaya (-5,43% para -15,15%) e etanol (-4,62% para -5,17%).
No campo das ‘altas’, as maiores contribuições vieram da eletricidade residencial (1,12% para 2,42%); gasolina (0,78% para 1,24%); plano e seguro de saúde (0,61% para 0,61%); automóvel novo (0,86% para 0,64%) e condomínio residencial (0,18% para 0,48%).
Na verdade, o IPC-S já vinha aprofundando a tendência deflacionária, desde o início do mês passado, ao passar de um recuo de 0,07%, na segunda quadrissemana de agosto, para -0,18% na terceira, acumulando alta de 3,94%, em 12 meses. Na ocasião, cinco das oito classes de despesas registraram desaceleração, com destaque para o grupo Educação leitura e recreação (-0,64% para -1,57%), puxado pelas passagens aéreas (-4,97% para -10,18%).
Fonte: capitalist