O Instituto Datafolha fez uma pesquisa no Brasil para descobrir quais são as principais preocupações dos brasileiros que estão atrás de um automóvel usado ou seminovo.
O mercado de segunda mão é muito maior que o de novos. Enquanto os carros zero devem fechar o ano com aproximadamente 2 milhões de operações, estima-se que o mercado de usados deva movimentar mais de 15 milhões de veículos.
Por encomenda da empresa de vistorias Super Visão Vistorias Automotivas, o Datafolha ouviu 383 pessoas de 128 municípios brasileiros entre os dias 14 e 21 de junho.
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Essas são as 3 preocupações que mais afligem o brasileiro que está atrás de um carro seminovo:
1) Adulterações no chassi.
Esse problema é real — e os brasileiros têm razão em se preocupar. Carros roubados, que passaram por leilão ou sofreram colisões (sinistros) podem ter sido adulterados. A prática de adulteração, infelizmente, é comum no país e visa a “camuflagem” do automóvel para que os problemas não apareçam em uma eventual pesquisa.
Nem sempre é fácil de reconhecer adulterações. É necessário ter experiência para identificar sinais de funilaria e pintura na região, bem como outros indícios de reparo ou remarcação dos números originais do chassi — que são gravados na fábrica.
Além disso, 48% dos entrevistados disseram que têm receio do carro já ter sido batido. Por outro lado, na terceira posição, com 45% das respostas, está a preocupação com pendências e irregularidades judiciais.
2) Adulterações no motor.
O motor é, de longe, o componente mais caro para reparar. Dependendo do tipo de problema, inclusive, o conserto se torna inviável. É por isso que colisões frontais de grande monta geral a Perda Total (PT), que é a impossibilidade de reparo por vias normais, conforme critérios das seguradoras.
Porém, há outros problemas que podem tornar o propulsor inservível, como mau uso, manutenção inadequada ou insuficiente. Vale lembrar que carros usados adquiridos em lojas ou concessionários têm direito a garantia total de 90 dias a partir da data de comora.
A pesquisa do Datafolha também mostra que os compradores de automóveis usados ainda procuraram saber se o carro já sofreu alguma alteração irregular e se é fruto de furto ou roubo.
3) Adulterações no câmbio.
Depois do motor, esse é o componente mecânico mais caro para consertar. No caso de caixas automáticas, o problema é tão severo que também inviabiliza o veículo inteiro – do ponto de vista financeiro.
Existem problemas que são tão complicados, como a troca de planetárias, que requerem a desmontagem completa das peças e substituição de uma quantidade grande de componentes. Isso pode custar o equivalente ao valor integral do veículo.
Para tentar fugir desse problema, 40% dos entrevistados dizem consultar o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e 39% informam procurar um mecânico de confiança. Outros 27% dizem levar o carro para fazer uma vistoria técnica.
As pessoas ouvidas pelo Datafolha também disseram que só compram em lojas credenciadas (26%) e que fazem um test-drive antes de fechar a compra (25%).
O levantamento ainda informa que 80% das pessoas desejam comprar um veículo usado ainda neste ano e 52% querem vender. Entre os entrevistados, 58% deles já compraram carros desse tipo e 43% já venderam veículos usados ao longo da vida. As respostas eram de múltipla escolha.
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Fonte: direitonews