Via @portalg1 | A Polícia Civil deu cumprimento ao mandado de prisão do principal suspeito de abusar sexualmente de um bebê de 8 meses, que morreu pouco tempo depois de dar entrada no Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo, em Santarém, oeste do Pará, no dia 27 de março. Trata-se de Kenisson Cardoso dos Santos, 48 anos. Ele é tio da vítima e nega as acusações.
A declaração de óbito emitida pelo IML e entregue à família da criança, apontava: anemia, hemorragia interna e externa e ruptura de mucosa retal. E o laudo pericial do CPC Renato Chaves comprovou o abuso sexual.
O IML foi acionado após o setor psicossocial do HMS acionar a Polícia Civil e o Conselho Tutelar para comunicar sobre a suspeita de violência física e sexual como causas da morte da criança.
Investigação e Prisão
O caso está sendo investigado pela Deaca desde o dia 28 de março. O inquérito é presidido pelo delegado Gilberto Aguiar. No mesmo dia, ele conversou com os pais da criança e informou que mais pessoas seriam ouvidas para elucidação do caso.
De acordo com a polícia, o suspeito é tio da criança. A prisão preventiva foi cumprida na manhã deste sábado (01), no bairro Área Verde, em Santarém, oeste do Pará.
Na chegada à Delegacia da Criança e do Adolescente (Deaca), Kenisson dos Santos Cardoso, 48 anos, negou ter abusado a sobrinha. “Eu tenho a consciência limpa e Deus é nossa testemunha. Eu não entendo o porquê dessa prisão. Eu moro lá casa e não fiz nada. A polícia disse que deu positivo o exame para estupro. Mas eu não fiz nada. Se tivesse sido eu, eu mesmo vinha me apresentar”, disse Kenisson dos Santos Cardoso, na chegada à Deaca.
Em depoimento ao delegado delegado Gilberto Aguiar, o suspeito voltou a negar qualquer participação na violência sexual que levou à criança à morte. Mas o delegado disse à imprensa que apesar da negativa de autoria por parte de Kenisson, existem elementos suficientes dentro do inquérito que apontam o tio da criança como principal suspeito, tanto que o pedido de prisão preventiva contra ele foi acolhido pela Justiça.
“O laudo pericial foi fundamental para decretação da prisão do acusado para definir o que teria acontecido com a criança. O laudo confirma que houve abuso sexual, além de outros hematomas. E os depoimentos de testemunhas já ouvidas no inquérito levaram ao tio da criança. Agora é darmos continuidade nas investigações para juntar mais elementos para a conclusão do inquérito com o indiciamento do acusado e posterior encaminhamento ao poder judiciário”, finalizou Gilberto Aguiar.
Por Sílvia Vieira e Gleilson Nascimento, g1 Santarém e Região — PA
Fonte: @portalg1