Como reflexo dos recentes reajustes dos combustíveis, promovidos pela Petrobras, o boletim Focus – consulta da autoridade monetária às 100 maiores instituições financeiras nacionais – previu aumento da inflação oficial para 2023 (medida pelo IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 4,84% para 4,90%, pela primeira vez, após se manter estável por duas semanas. Para os demais anos, a taxa se manteve em 3,86% para 2024, e em 3,5% para 2025 e 2026.
No quesito ‘preços administrados’, a projeção do IPCA em 2023 subiu de 9,03% para 9,93% – era de 8,83%, há um mês – teve ligeira queda, de 4,35% para 4,30%, referente a 2024; passou de 3,76% a 3,80%, para 2025, mas foi mantida em 3,5% para 2026.
‘Destoando’ do IPCA, o PIB (Produto Interno Bruto) projetado para este ano estacionou em 2,29%, mas cresceu de 1,3% para 1,33%, para 2024, enquanto continuou o mesmo para 2025 e 2026, em 1,9% e 2%, respectivamente.
‘Imexíveis’ ficaram as estimativas para a Selic (taxa básica de juros), de 11,75% ao ano para 2023; 9% ao ano para 2024; 8,5% ao ano para 2025 e 2026.
No plano cambial, o dólar para o final de 2023 apresentou alta discreta, ao passar de R$ 4,93 para R$ 4,95, enquanto que para o ano seguinte, este se manteve em R$ 5; R$ 5,09 para 2025 e R$ 5,15 para 2026.
Confira o resumo do Boletim Focus
2023
IPCA: a projeção aumentou para 4,90%
PIB: a projeção se manteve em 2,29%
Dólar: a previsão do câmbio subiu para R$ 4,95
Taxa Selic: a previsão se manteve em 11,75%
Balança comercial: a expectativa para o superávit aumentou para US$ 71,70 bilhões
Investimento Estrangeiro Direto: a previsão se manteve em US$ 80 bilhões
Dívida do Setor Público: a previsão se manteve em 60,40% do PIB
2024
IPCA: a projeção se manteve em 3,86%
PIB: a projeção subiu para 1,33%
Dólar: a previsão do câmbio se manteve em R$ 5,00
Taxa Selic: a previsão se manteve para 9,00%
Balança comercial: a expectativa para o superávit se manteve em US$ 60 bilhões
Investimento Estrangeiro Direto: a previsão segue em US$ 80 bilhões
Dívida do Setor Público: a previsão caiu para 63,90% do PIB
Fonte: capitalist