A Ford finalmente entregou sua fábrica de Camaçari ao governo da Bahia e abriu o caminho para que a gestão Jerônimo Rodrigues (PT) feche oficialmente um acordo com a BYD. No começo de julho, o governador anunciou que a empresa chinesa fabricaria carros elétricos no local, mas nada foi confirmado desde então.
Em nota, a Ford diz que o “processo seguirá a legislação vigente, que prevê posterior indenização para a empresa em valores compatíveis com o mercado. O acordo tem a finalidade de simplificar e agilizar o processo de transição de propriedade da fábrica, contribuindo para geração de valor ao Estado e à comunidade baiana.”
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Na ocasião, Rodrigues disse que seriam apresentados os investimentos da BYD no estado e o detalhamento da implantação de três unidades fabris que irão produzir chassis de ônibus, caminhões elétricos, veículos de passeio elétricos e híbridos, além de processamento de lítio e ferro fosfato.
Em novembro do ano passado, a BYD assinou um protocolo de intenções com a Bahia que prevê empregar 1.200 pessoas e investir de R$ 3 bilhões na criação de três fábricas: uma para automóveis, outra de caminhões e ônibus e uma última de painéis solares. Atualmente a empresa produz veículos pesados e painéis em Campinas (SP).
O complexo industrial de Camaçari está parado desde 2021, quando a Ford anunciou a sua saída do Brasil como fabricante e passaria a ser somente importadora. No local eram fabricados o SUV EcoSport e a família Ka com hatch e sedã.
Além da unidade na Bahia, a Ford também fechou a fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A linha onde eram feitos o Fiesta e caminhões foi vendida para uma imobiliária e vai virar um centro de logística.
Autoesporte ainda apurou que a fábrica terá capacidade inicial de cerca de 20 mil veículos por ano. Mas o volume pode aumentar para 50 mil, caso a BYD julgue necessário. A inauguração da unidade de automóveis deve ocorrer no final do ano que vem ou no início de 2025.
O favorito para ser o primeiro BYD nacional é o SUV híbrido Song Plus. Atualmente, o veículo é importado da China e custa R$ 270 mil. Outro forte candidato para ser nacionalizado é o hatch compacto Dolphin, lançado recentemente por menos de R$ 150 mil.
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Fonte: direitonews