Ao avançar 0,2% em junho, volume de serviços acumula alta de 4,7% no primeiro semestre (1S23)


Ao crescer 0,2% em junho último, o volume de serviços prestados no país encerrou o primeiro semestre do ano (1S23) com uma alta de 4,7% e de 6,2% em 12 meses. Os dados integram a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada, nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a taxa positiva, o sexto mês de 2023, além de acumular o segundo avanço seguido (1,6%), se situa 12,1 pontos percentuais (p.p.) acima do patamar pré-pandemia e 1,5 p.p. abaixo do pico da série histórica da PMS.

Como sinal da tendência positiva, três das cinco atividades investigadas pela pesquisa avançaram em junho, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%), que recuperou parte da queda (-1,2%) acumulada nos dois meses anteriores.

Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, “entre os destaques dessa atividade estão as empresas de atividades jurídicas, as de administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade e as de engenharia. Um fator que pode explicar esse crescimento no primeiro segmento são os ganhos de causa que eventualmente ocorrem no mesmo período em várias empresas e provocam o aumento de receita”.

Outro exemplo pode ser dado pelos serviços prestados às famílias, cujo avanço de 1,9% em junho acumula alta de 4,1% nos últimos três meses. “O segundo maior impacto sobre o índice geral veio dessa atividade, que foi impulsionada pelo crescimento da receita de empresas de restaurantes e de espetáculos teatrais e musicais”, comentou Lobo.

Pelo segundo mês no campo positivo, os serviços de informação e comunicação subiram 0,5%, acumulando elevação de 1,3% no período, resultado decorrente do bom desempenho apresentados pelas empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet e de desenvolvimento e licenciamento de softwares.

Já pelo viés negativo, os transportes recuaram 0,3% em junho, após registrarem avanço de 2,2% no mês anterior. “Essa variação negativa é muito próxima à estabilidade. Esse resultado foi pressionado por quatro segmentos: gestão de portos e terminais, o transporte aéreo de passageiros, o transporte rodoviário coletivo de passageiros e o transporte por navegação interior de carga. No caso do aéreo de passageiro, pode estar ligado ao aumento dos preços das passagens em junho. Nem sempre essa inflação causa queda na receita das empresas, mas, em geral, há essa correlação”, observou o gerente da pesquisa.

Fonte: capitalist

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