“Nós, pela primeira vez, detectamos neutrinos de alta energia da Via Láctea. Isso nos permite aprender mais sobre nossa própria galáxia, e é um marco significante para a astronomia do neutrino”, afirmou Erin O’Sullivan, membro do IceCube.
Os neutrinos são partículas invisíveis que existem em abundância, mas normalmente passam direto pela Terra, sem serem detectadas.
© Foto / IceCube Collaboration/U.S. National Science Foundation (Lily Le & Shawn Johnson)/ESO (S. Brunier)Uma imagem composta de uma visão óptica da Via Láctea juntamente com a primeira imagem da Via Láctea baseada em neutrino. Os neutrinos detectados estão representados em azul
Uma imagem composta de uma visão óptica da Via Láctea juntamente com a primeira imagem da Via Láctea baseada em neutrino. Os neutrinos detectados estão representados em azul
A imagem baseada em neutrinos foi formada graças às observações do Observatório IceCube Neutrino, na Estação Polo Sul Amundsen-Scott, na Antártica.
A origem dos neutrinos no espaço pode ser detectada através da interação deles com o gelo abaixo do IceCube, produzindo padrões fracos de luz.
“Os neutrinos de alta energia são produzidos em ambientes onde as partículas são aceleradas a energias extremas. A detecção de neutrinos de alta energia da Via Láctea aponta para o fato de que os aceleradores da natureza existem em nossa própria galáxia”, disse O’Sullivan.
De acordo com os especialistas, a fonte exata desses neutrinos ainda está em estudo, mas acredita-se que sejam de supernovas antigas.
Além disso, eles afirmam que estudar esses neutrinos pode ajudar a compreender como os remanescentes de supernovas se comportam e como as partículas de alta energia interagem em nosso ambiente galáctico.
Fonte: sputniknewsbrasil