O inquérito foi encaminhado para a Justiça com o indiciamento do suspeito pelos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O investigado possui diversas passagens criminais anteriores por tráfico de drogas, roubo, inúmeros crimes patrimoniais, e atualmente encontra-se preso por outro crime.
As investigações iniciaram no dia 06 de agosto de 2022, quando a equipe da DHPP foi acionada para atender a ocorrência de encontro de cadáver no Parque Público Morro da Luz. No local, foi encontranda a vítima do sexo feminino com várias lesões na cabeça e sem nenhum documento de identificação. A vítima, que era usuária de drogas foi identificada por familiares, que relataram que ela já havia sido internada para tratamento, porém preferiu viver nas ruas.
O local em que o corpo foi encontrado é ermo e frequentado por usuários de entorpecentes. Não havia câmeras de segurança na parte posterior do parque e não foram encontradas, inicialmente, testemunhas que pudessem colaborar com a apuração do crime.
Durante diversos dias de diligências na região, os policiais da DHPP conversaram com diversas pessoas que frequentam o morro, identificando testemunhas e outros elementos que resultaram na identificação do autor do crime. O suspeito chegou a ser ouvido na DHPP, ocasião em que negou a autoria do crime, apresentando uma versão que não batia com o restante das informações levantadas nas investigações.
Durante as investigações, o suspeito chegou a abordar uma das testemunhas para que mentisse em oitiva na DHPP, passando informações que fossem compatíveis com a versão apresentada por ele. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Hércules Batista Gonçalves, a morte da jovem foi motivada pelo fato da vítima estar vendendo drogas na região sem a devida autorização.
“As investigações apontaram que o suspeito matou a vítima sozinho, uma vez que ele já havia avisado a jovem sobre a proibição de comercializar drogas trazidas de outros locais na região. Em outras palavras, a vítima vinha traficando e não apenas consumindo drogas, sem a devida anuência dos traficantes da região, o que motivou a sua morte”, explicou o delegado.
Com a conclusão das investigações, será representado pela prisão preventiva do indiciado, que já encontra-se recolhido pelo envolvimento em outros crimes.
Fonte: pjc.mt.gov