Autoridades da UE acreditam que levará mais de 1 década para Ucrânia aderir ao bloco, diz mídia


“Não consigo imaginar uma nova ampliação [da União Europeia] na próxima década”, cita a publicação um diplomata europeu que representa um dos países que defendem uma abordagem racional para uma ampliação, como Alemanha, Itália e Países Baixos.

O jornal escreve que o longo processo de adesão de novos membros à UE está associado a riscos nas esferas econômica e social.
O Le Monde observou que a adesão da Ucrânia, “um país muito pobre e muito corrupto com 42 milhões de pessoas”, pode mudar a estrutura da UE.
Bandeiras da União Europeia e da Ucrânia fora da sede do Conselho Europeu em Bruxelas, Bélgica, 16 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2023

“O número líquido de países europeus beneficiários do orçamento cairá dos atuais 18 [de 27] para quatro ou cinco com a Ucrânia […]. Teremos que repensar todas as políticas da UE”, disse o artigo, citando um funcionário europeu.
A publicação relata que a entrada de Kiev na UE também perturbará completamente o equilíbrio político na UE, dificultando a tomada de decisões sobre questões fundamentais, como tributação ou política externa.
As autoridades europeias reconhecem que são cúmplices no surgimento das altas expectativas da Ucrânia em relação à adesão à UE, acrescentando que vários países da união entendem que a adesão de Kiev ameaça Bruxelas com sérias consequências.

“Os ucranianos acham que, quando a guerra acabar, eles farão parte da UE. Ninguém ousa dizer a eles: ‘Isso não é bem verdade’“, disse a fonte do jornal.

O presidente ucraniano Vladimir Zelensky, ao centro, e os legisladores fazem um minuto de silêncio para comemorar os soldados mortos durante combates com as tropas russas enquanto ele visita uma sessão do parlamento ucraniano, Kiev, Ucrânia, 28 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2023

O caminho da União Europeia

O presidente ucraniano Vladimir Zelensky assinou o pedido de adesão da Ucrânia à UE em 28 de fevereiro de 2022.
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, também assinou o pedido em março do ano passado, observando que o processo de integração europeia precisa ser acelerado.
Os chefes de Estado e de governo da União Europeia, na cúpula realizada em Bruxelas em 23 de junho de 2022, aprovaram a concessão do status de candidato à adesão à união para a Ucrânia e a Moldávia.
A obtenção do status de candidato é apenas o início de um longo caminho para a adesão à UE. Por exemplo, a Turquia é candidata desde 1999, a Macedônia do Norte desde 2005, Montenegro desde 2010 e a Sérvia desde 2012.
O último país a aderir à UE até o momento foi a Croácia, em 2013, o processo levou dez anos.
Discurso no evento “Power Our Planet” em Paris, 22 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.06.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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