Novos Honda Accord e BMW iX M60 dão as caras em evento de carros eletrificados


Tem novidade em solo brasileiro — e disponível aos olhos do público. Pela primeira vez apareceram por aqui dois novos modelos eletrificados: a mais recente geração do Honda Accord e o BMW iX 60M. Ambos estão expostos no evento Electric Days, que abriu as portas nessa segunda-feira (26/6).

Apesar de levar o novo Accord híbrido para o evento, a Honda optou por não divulgar qualquer informação sobre o modelo. Diz apenas que será lançado no Brasil ainda neste ano. Nem mesmo as portas do carro podem ser abertas, ainda que já seja um modelo de série e não um protótipo.

Mas, segundo o site da Honda norte-americana, o modelo tem 204 cv combinados, sendo 192 cv originados por um motor a combustão 1.5 turbo. O sistema híbrido é o e:HEV, como o do Civic (não plug-in). O carro que está no Electric Days é a versão topo de linha Touring Hybrid, que nos Estados Unidos custa a partir de US$ 37 mil (pouco mais de R$ 176 mil na conversão direta).

Já o SUV elétrico BMW iX 60M é o mais potente da linha iX — e um legítimo M, divisão esportiva da marca. São nada menos do que 619 cv de potência e até 112,2 kgfm de torque, que levam o modelo de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos. A autonomia estimada é de 561 km (ciclo WLTP). O carro deve chegar às concessionárias brasileiras no fim de julho, mas o preço ainda não foi anunciado.

Há ainda outras fabricantes participando do evento. A Ford, por exemplo, exibe o Mustang Mach-E, que também será vendido no Brasil até o fim do ano; já a Renault mostra o Megane E-Tech, com lançamento aqui previsto para setembro. A GWM destaca uma unidade de cada versão do Haval H6, a Mercedes-Benz, o AMG EQS 53 4M+ e a Toyota, o Mirai, movido a hidrogênio. Volvo, Nissan e Jaguar também exibem seus modelos eletrificados.

O Electric Days também traz várias palestras sobre eletrificação no mercado nacional, com participação de executivos de fabricantes de veículos e de componentes, além de dirigentes de associações.

Quase todos os palestrantes do primeiro dia de evento insistiram na tese de que o Brasil não terá apenas uma solução rumo à eletrificação, ou seja, acreditam que híbridos de todos os tipos (principalmente híbridos flex, mas também híbridos leves, HEV e plug-in), elétricos e até modelos só a combustão com melhorias em tecnologias de emissão conviverão pacificamente nas lojas, dependendo do segmento, do tipo de consumidor e, é claro, do tamanho do bolso de cada um.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, por exemplo, defendeu que o Brasil deixe de pensar em “ou” (qual das tecnologias de eletrificação é melhor para o país, ‘essa’ ou ‘aquela’) e passe a conjugar mais o “e” (‘essa’ e ‘aquela’). Mas advertiu que em termos industriais o mercado brasileiro atualmente se encontra “entre o céu e o inferno”, pois precisa desenvolver rapidamente uma estratégia específica para estimular a produção de veículos eletrificados por aqui.

Já a Renault reforçou a mensagem de “várias soluções” e anunciou que na próxima quinta-feira (29) o Grupo apresentará uma nova empresa, chamada Horse, que passará a ser a responsável por todos os assuntos relacionados a motores a combustão, híbridos e transmissões da Renault (tanto produção quanto desenvolvimento).

A companhia ficará sediada na Espanha e terá atividades no Brasil, dentro da fábrica de São José dos Pinhais (PR) onde a fabricante produz atualmente motores completos, além de blocos e cabeçotes de alumínio.

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Fonte: direitonews

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