Definitivamente inserida no ‘radar’ dos bancos de investimento, a Petrobras (PETR3, PETR4), pouco mais de uma semana após o JP Morgan ter alterado a indicação, de neutra para compra, dos papéis da estatal – além de aumentar seu preço-alvo até o final deste ano – agora foi a vez do Goldman Sachs fazer a mesma recomendação.
O avanço na recomendação do banco de investimento ianque fez com que o preço-alvo da estatal passasse de R$ 32,30 a R$ 45,10, no caso das ações ordinárias (PETR3), e de R$ 29,40 para R$ 41, no caso das preferenciais (PETR4). Em consequência, o potencial de alta dos papéis corresponderia a 40% e 39% sobre o último fechamento, respectivamente. No entanto, o Goldman manteve a preferência pela Prio (PRIO3).
Entre os fatores para o otimismo das avaliações do segmento financeiro, destaque para a avaliação positiva de que é factível à companhia atingir 15% de rendimento do fluxo de caixa livre, para o biênio 2024-2025, assim como a ‘redução de ruídos’ pelo novo governo federal, a respeito do pagamento de dividendos, preços dos combustíveis e alocação de capital, por parte da estatal.
Antes mesmo do anúncio da nova política de dividendos da companhia, prevista para o final de julho próximo, a equipe do Goldman Sachs comenta que a administração da petroleira, recentemente, considerou “muito baixo” o pagamento de 25% sobre os lucros, além de admitir a opção por recompras.
No que toca à política de preços adotada pela nova gestão da estatal, analistas entendem que a Petrobras tem seguido a tendência dos preços internacionais, ao comentarem que “mesmo que com atraso e/ou um pequeno desconto em relação aos preços internacionais”.
O investimento em iniciativas de baixo carbono, por sua vez, poderá ser elevado de 6% para 15% do aporte total da companhia, o que, em tese, limitaria o valor a ser divulgado, em novembro próximo.
Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, por sua vez, acentuam que, “embora permaneça alguma incerteza, vemos a Petrobras sendo negociada com uma avaliação pouco exigente”. Nesse sentido, eles manifestaram a expectativa de que a petroleira ofereça rendimento de fluxo de caixa livre em 2024 e 2025 de 15%, com base no barril a US$ 70.
Fonte: capitalist