CST discute nanotecnologia e uso de inteligência artificial para agricultura


A Câmara Setorial Temática (CST)  criada para promover levantamentos técnicos, estudos, pesquisas, análises sobre a ciência, inovação, tecnologia e sustentabilidade na agricultura  realizou a quinta reunião de trabalho nesta segunda-feira (19). O colegiado discutiu a biotecnologia com palestrantes de instituições que são referências na área.

O relator da CST e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Ailton José Terezo, explicou que as palestras de hoje complementam as discussões do eixo sobre nanotecnologia nos insumos. “Este é o segundo encontro relacionado ao tema e ao todo recebemos oito palestrantes de importantes instituições nacionais que estão apontando o papel da nanotecnologia na melhoria da sustentabilidade na agricultura”, destacou.

Segundo ele, nesse eixo, o principal foco é fazer os levantamentos técnicos dos estudos relacionados à melhoria da eficiência do uso de produtos químicos. “A utilização de produtos químicos vai continuar na agricultura e o que nós queremos é apresentar alternativas de uso mais eficiente e eficaz desse material, com sustentabilidade”, explicou. Terezo destacou que a temática também visa discutir como o uso das máquinas e da inteligência artificial podem trazer melhorias para a agricultura.

A palestra de abertura abordou a temática “Como a inteligência artificial pode ser empregada racionalmente na agricultura”. O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Luciano Paulino da Silva falou sobre o uso de programas como ferramenta de aperfeiçoamento dos projetos. “A inteligência artificial é um importante aliado na melhoria dos resultados, mas não substitui o potencial humano para pesquisa e desenvolvimento de projetos científicos”, defendeu.

A segunda palestra foi conduzida pelo representante do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA- USP), Hudson Wallace Pereira.  Ele falou sobre “Nannopesticidas e Produção de Fertilizantes” e destacou a importância do investimento em pesquisas voltadas à realidade nacional. “O Brasil é líder em agricultura tropical e dentro desse contexto temos potencial para desenvolver fertilizantes em tecnologia nano para outros países”, afirmou.

Em outra palestra, a convidada foi a Amedea B. Seabra, da Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC), que falou sobre “Nanomateriais no combate ao Estresse Ambiental”. A pesquisadora destacou o uso de partículas de quitosana como possibilidade de substituição de agroquímicos. Segundo ela, nanopartículas de quitosana contendo íons de cobre são preparadas e caracterizadas como uma potencial alternativa aos agroquímicos aplicados em plantas sob condições de estresse, seja ele seca ou solo pobre em nutrientes. “O desenvolvimento de alternativas a defensivos agrícolas baseados em materiais biodegradáveis que possam assegurar a aplicação segura, efetiva e não poluente nas plantações é uma forma sustentável para diminuição dos impactos ambientais causados pelos agroquímicos convencionais”, defendeu.

A última palestra foi com Daiana Silva Avila, da Universidade Federal do Pampa Bagé -RS (UNIPAMPA). A temática abordada pela pesquisadora foi “O Nematóide Caenorhabditis elegans como alternativa para avaliação de segurança de produtos nanotecnologicos”.  

Fonte: al.mt.gov

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