Segundo a nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriroes hoje (7), “o rompimento da barragem demonstra, uma vez mais, o trágico e duradouro impacto da guerra para as populações civis, e também a urgência da busca do entendimento entre as partes com vistas à cessação das hostilidades”.
O Itamaraty disse que está disposto “a colaborar, inclusive com as organizações internacionais competentes, para a mitigação das consequências do incidente“.
“Além disso, considera indispensável a apuração de responsabilidades no episódio por entidade internacional isenta e independente”, diz a nota do órgão.
A pasta também afirmou que o chanceler Mauro Vieira manteve realizou uma chamada telefônica com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, com quem discutiu a preservação da segurança nuclear da usina de Zaporozhie. O governo brasileiro reitera seu firme apoio ao trabalho técnico desenvolvido pela AIEA.
Ontem (6), o encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoly Tkach, disse que esperava mais apoio do Brasil sobre o assunto.
“Evidentemente gostaríamos de contar com a condenação do governo brasileiro contra atos de terrorismo em massa. A embaixada informou ao governo sobre a explosão na usina de Kakhovka. Até o momento não temos um comunicado do governo brasileiro. Gostaríamos de ter um maior apoio nas situações críticas, em particular como nessa da usina”, afirmou o encarregado citado pelo Estadão.
O governo russo deixou claro que a explosão veio do lado ucraniano. A sabotagem na usina hidrelétrica está relacionada com a falta de sucesso durante a ofensiva das tropas ucranianas e também para que com a ação, Kiev conseguiria privar a Crimeia de água.
“Além disso, é claro que essa sabotagem estabeleceu como um dos objetivos privar a Crimeia de água. O nível de água no reservatório cai e, consequentemente, o fluxo para o canal é reduzido. Acentuadamente reduzido”, disse o porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, conforme noticiado.
Fonte: sputniknewsbrasil