Aos 65 anos, a marca LYCRA® conta com parceria no Brasil para lançar nova tecnologia


Para abastecer o guarda-roupa de um consumidor ávido por novidades e exigente como o brasileiro, é preciso estar sempre na dianteira das tendências e ter agilidade na capacidade de produzir e distribuir suas peças. Para a indústria de matéria-prima de tecidos, isso significa manter parcerias que se tornam quase extensões do próprio negócio.

É o caso da LYCRA®. Marca de elastano mais reconhecida no mundo, chega aos 65 anos com parcerias de décadas, como a Rosset Têxtil, uma das maiores empresas do setor têxtil brasileiro. Juntas, as duas marcas se preparam para lançar, nos próximos meses, uma tecnologia exclusiva no país.

Quais são as marcas do Grupo Rosset?

Em atividade desde 1939, a Rosset Têxtil está sob o comando da terceira geração da família e atende clientes de todo o país, além de possuir marcas próprias, como a Cia Marítima e Água Doce, de moda praia; a Body for Sure, de moda fitness, e a operação exclusiva das marcas de lingerie Valisere, Triumph e Sloggi no Brasil.

A Rosset foi uma das primeiras empresas a usar o fio elastano no país. Na época produzido pela DuPont, nos Estados Unidos, o material foi enviado para cá no começo da década de 1970. “Foi uma grande revolução na indústria do vestuário. Naquela época, imagine, tudo o que se vestia era rígido. Foi um salto e um desafio tecnológico muito grande. Estávamos, basicamente, colocando um fio de borracha em máquinas que não eram feitas para isso”, conta Gustavo Rosset, COO do grupo.

Hoje, a empresa tem mais de 200 lojas das marcas próprias, que usam o fio LYCRA® nas suas peças, e é a maior fornecedora de tecidos com elastano do país. A dianteira no fornecimento e criação no setor dá uma visão privilegiada das tendências no mercado brasileiro.

A atriz Agatha Moreira em campanha da Valisere: em atividade desde 1939, a Rosset Têxtil lidera a operação exclusiva da marca no Brasil (MARCA LYCRA®/Divulgação)

 A moda é ter conforto

Para o COO da Rosset, a tendência mundial do athleisure – roupas confortáveis e esportivas para usar no dia a dia –, que foi alavancada pela pandemia, veio para ficar mais uns anos e deve fazer parte do portfólio das marcas por mais algumas coleções.

A vice-presidente da The LYCRA Company para as Américas, Adriana Morasco, concorda. E conta que o consumidor brasileiro tem valorizado o conforto até em peças formais, o que deve gerar uma evolução também no desenvolvimento de tecidos, e não só de peças. “O consumidor quer uma peça de alfaiataria com o conforto do moletom que ele usou para ficar em casa nos últimos anos”.

Para Adriana, a parceria com indústrias como a Rosset permite acelerar a inovação no mercado regional, já que têm escala, um portfólio robusto de clientes e tecnologia de ponta na linha de produção. “A Rosset tem sido uma extensão da LYCRA® no mercado brasileiro. Como estamos na ponta do processo, abastecendo a indústria, é importante a cocriação em parceria com quem conhece o mercado para termos esse retorno do que o consumidor quer.”

(Arte/Exame/Exame Hoje)

Sustentabilidade flexível

LYCRA® XTRA LIFE é uma das tecnologias da marca LYCRA® que atuam no esforço de sustentabilidade. A marca tem um entendimento de que um dos pilares para diminuir a geração de lixo de difícil reciclagem – como são os tecidos de qualquer origem – é tornar o produto mais durável.

“A sustentabilidade, no comportamento do consumidor, é um caminho sem volta, felizmente. A pandemia acelerou muito o dilema qualidade versus quantidade. Ele passa a perceber que é melhor ter dez camisetas que duram anos, do que 50 que duram poucas lavagens”, afirma Adriana Morasco.

Para Gustavo Rosset, a discussão da sustentabilidade na indústria da moda ainda precisa informar melhor o consumidor, pois não tem um discurso tão fácil de se vender. Uma peça de roupa descartada, por exemplo, não pode ser desfiada e transformada em outra. O sustentável é o processo que utiliza menos água na produção, corantes ecológicos e dura anos.

Fábrica da Lycra em Paulínia, no interior de SP: no ano passado, empresa firmou parceria com uma empresa de biotecnologia para produzir um fio elastano com origem vegetal (Lycra/Divulgação)

Não à toa, a Rosset tem uma estação de captação e tratamento de água do Rio Tietê, na zona sul de São Paulo, onde está seu polo fabril. “A gente capta, trata essa água, só usa corantes importados biodegradáveis e devolve essa água para um esgoto específico, muito melhor do que recebemos”, explica. O próximo passo – em fase final de planejamento – é ter sua própria estação de tratamento de efluentes.

A The LYCRA Company deu um passo largo em direção à sustentabilidade no final de 2022, quando assinou uma parceria com a empresa de biotecnologia Qore para produzir um fio elastano cuja origem seja de até 70% vegetal, com um derivado de milho. A expectativa é de que a nova fibra tenha produção em massa a partir de 2024.

Nas duas pontas do fio Uma das características mais curiosas do modelo de negócios da marca LYCRA® é que a venda é feita no formato B2B, mas também conta com um investimento em comunicação B2C, atende as duas pontas. A empresa não produz tecido, ela fornece o fio para a indústria têxtil, que usa o elastano em diversas composições.

Gustavo Rosset, COO do Grupo Rosset: sustentável, diz o executivo, é o processo que utiliza menos água e menos corantes na produção (MARCA LYCRA®/Divulgação)

Mas também é comum ver etiquetas e comunicação próprias da marca LYCRA®, contando mais sobre as qualidades do produto, tecnologias embarcadas e garantia de origem. “Quando eu informo o consumidor sobre a qualidade do que ele está comprando, quando ele percebe qualidade ao ver a etiqueta LYCRA®, eu estou simultaneamente valorizando o meu fio, a matéria-prima, e o produto do meu cliente. Essa é uma operação bem característica nossa, na qual todo mundo ganha”, completa Adriana Morasco.

 

 

 

Fonte: exame

Anteriores F1: Audi considera Alonso como piloto para 2026
Próxima Suspeito de tráfico é preso em flagrante com arma, munições e drogas em Alta Floresta