Um homem armado dentro de um Fox, acaba de cortar o carro que eu estava, apontar pistola para mim e dizer para eu ficar “ligado” me ameaçando.
Eu tinha acabado de pegar material no comitê do Marcelo Freixo.
Estou indo registrar essa ameaça agora na 5ªDP.
— Rodrigo Mondego 1️⃣3️⃣0️⃣0️⃣0️⃣ (@rodrigomondego) August 24, 2022
“Esse clima de hostilidade já é um recorte dessa eleição. Eu, como candidato, já fui duas vezes ameaçado durante esse processo. O recorte de violência já tem aqui. Dá para dizer que a gente está exportando essa forma agressiva de lidar com a política”, disse Mondego, lembrando também do assassinato de Marcelo Arruda.
“O fato novo, portanto, é essa violência ir para o front da política, com os grandes partidos alimentando-a em razão de um entendimento de que as lideranças políticas populares só vão ser impedidas através da violência. E isso é um fato que me parece que vai demorar muito para ser contornado”, avalia a pesquisadora do OPSA.
Radicalização na Argentina e no Brasil
“Lula foi preso, voltou e agora vai ganhar a eleição. Então, a direita argentina percebe que não adianta prender, tem que aniquilar o inimigo, sendo judicialmente, cassando os direitos políticos a vida inteira, ou aniquilando ele, matando.”
Segurança de Lula em risco
“Lula tem que mudar mais do que ele está mudando. Agora já vemos os comícios em lugares fechados, a questão do gradeamento, ele não fica tanto no meio de todo mundo quanto antigamente… Isso é uma diferença do que era antes, mas muita gente avalia que não é o suficiente e ainda existe um risco que ele corre”, aponta o advogado.
“É quase impossível conseguir eliminar 100% a chance desse tipo de atentado. O máximo que se consegue é reduzir em grande escala essa possibilidade e isso se dá através da separação das lideranças com massas. No processo eleitoral é difícil afastar os candidatos do contato físico, mas esses eventos têm que acontecer em locais controlados, com acesso de público com detector de metais, com checagem. Caso contrário, o risco é altíssimo nesse processo eleitoral”, avalia o policial.
Radicalismo tipo exportação?
“Ainda que a Argentina seja uma sociedade altamente dividida politicamente — tem até o nome para isso, la grieta [polarização entre kirchneristas e antikirchneristas] — essa escalada é um fato novo desde a redemocratização, mas que já vinha sendo anunciado”
La forma de manifestarse en democracia no puede ser exhibir frente a la Casa Rosada bolsas mortuorias con nombres de dirigentes políticos. Esta acción lamentable solo demuestra cómo muchos opositores conciben la República. No callemos ante semejante acto de barbarie. pic.twitter.com/nFsgEHKMs7
— Alberto Fernández (@alferdez) February 27, 2021
“É muito próximo do que a direita bolsonarista tem feito. Não é coincidência, eles compartilham dos mesmos repertórios, métodos, e, provavelmente, estão atuando em redes”, destaca Zucatto.