Quem pesquisa antes de financiar um carro deve ter se deparado com dois termos: Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing. As modalidades podem afetar o seu bolso de diferentes formas e é normal ficar confuso sobre qual escolher.
Depois de responder as principais dúvidas sobre financiamentos, Autoesporte revela quais são as diferenças entre o CDC e o leasing na hora de comprar um carro parcelado (e como isso afeta sua carteira, claro). Acompanhe abaixo:
O Crédito Direto ao Consumidor é o estilo de financiamento mais comum do Brasil. Neste arranjo, o cliente pega dinheiro emprestado com uma instituição financeira para adquirir o carro. Sua dívida passa a ser com o banco ou financeira, e não mais com a loja.
Como qualquer programa de financiamento, o CDC tem vantagens e desvantagens. É o que diz a consultora de finanças pessoais Gabriella Barros. “As parcelas do financiamento são pensadas para caber no orçamento do cliente”, diz a especialista. “Além disso, as amortizações são acessíveis, e se o bolso apertar é possível vender o veículo e se livrar da dívida”.
“Por outro lado, a entrada mínima de 20%, a taxa de juros elevada, as tarifas complementares e o risco de inadimplência são desvantagens dos financiamentos convencionais”, diz Gabriella.
A média de juros, segundo o Banco Central, é de 2,5%.
As vantagens do financiamento:
– Recebimento imediato do veículo
– Parcelas cabem no orçamento
– Amortizações acessíveis
– Se o bolso apertar, é possível vender o veículo e se livrar da dívida
As desvantagens do financiamento:
– Entrada mínima de 20%
– Taxa de juros elevada
– Tarifas complementares
– Risco de inadimplência
O termo leasing, traduzido do inglês, significa arrendamento mercantil. O primeiro banco a implementar este sistema de financiamento no Brasil foi o Itaú, mas a ideia logo se propagou no resto do mercado.
O leasing funciona como um empréstimo com opção de compra. O banco ou instituição financeira adquire o veículo e o coloca à disposição do cliente por uma mensalidade. O prazo para o arrendamento do carro é de 24 meses.
Ao fim do contrato, o cliente pode quitar a parte residual do valor do carro ou vendê-lo para se livrar da dívida.
A vantagem do leasing é que o cliente não precisa dar uma entrada ao banco, como no CDC. A transação também está isenta da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Por outro lado, o carro estará registrado em nome do banco, e não poderá ser vendido até o fim do prazo de 24 meses.
O leasing não oferece benefícios para pagamentos antecipados, enquanto o financiamento CDC pode ser amortizado e reduzir o valor final do automóvel. Ao quitar o veículo, o banco também cobrará taxas administrativas que podem ser significativas, além de todos os gastos com a regularização do documento (já que o carro passará do banco para o nome do proprietário).
As vantagens do leasing:
– Não precisa dar entrada
– Isenção de IOF
– Parcelas são fixas
Desvantagens do leasing:
– Antecipar pagamentos não oferece vantagens
– Cobranças de taxas administrativas
– Não há como devolver o carro antes do fim do contrato
– Clausulas penais que podem causar prejuízo
Assim como os consórcios, o leasing vem perdendo força no Brasil. Apesar das altas taxas de juros cobradas pelos bancos, os financiamentos CDC continuam sendo a forma mais popular para adquirir um carro.
O momento atual é ruim para os financiamentos, mas especialistas da área enxergam a possibilidade de uma queda na taxa de juros nos próximos meses. Segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), a queda dos juros pode favorecer novos financiamentos e reaquecer o mercado nacional.
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Fonte: direitonews