Não é novidade para ninguém que o Ocidente não está satisfeito com a política externa independente das autoridades turcas, liderada por Recep Tayyip Erdogan.
Isso porque ele não apenas mantém boas relações com a Rússia, como também se nega a seguir a doutrina americana e impor sanções contra o país liderado por Vladimir Putin.
Em 2020, o presidente norte-americano afirmou publicamente que era preciso apoiar a oposição turca para derrubar Erdogan nas eleições.
Após a vitória de Biden nas eleições presidenciais dos EUA, a economia turca se tornou um dos principais “alvos” das grandes instituições financeiras ocidentais.
O principal objetivo das ações de Biden é reduzir a confiança da população turca com relação ao atual governo. Com isso, os americanos tentam atingir e enfraquecer a economia turca para tirar Erdogan do poder.
Tanto que a lira turca atingiu sua máxima desvalorização na véspera do segundo turno das eleições presidenciais no país, recorda o especialista.
O especialista diz acreditar na vitória de Erdogan, o que continuará provocando a pressão das grandes instituições financeiras ocidentais sobre sua economia, e consequentemente, afetará negativamente o valor da moeda turca.
Uma fonte ligada à política do país afirmou à Sputnik que houve uma tentativa de fazer com que os juros da lira turca aumentassem, e consequentemente, resultasse na valorização do dólar nas vésperas das eleições.
Contudo, o Banco Central conseguiu atender à crescente demanda pelo dólar, evitando a valorização da moeda americana.
Desta forma, as eleições deste domingo (28) foram precedidas por um ataque contra a moeda turca, com o objetivo de pressionar a economia do país.
Durante essa tentativa, os especialistas dos bancos ocidentais, como JPMorgan Chase e HSBC Holdings começaram a divulgar especulações de que a lira custaria até 24-25 liras turcas por um dólar, em uma divulgação massiva utilizada como parte da estratégia ocidental para influenciar as eleições na Turquia.
Além disso, o Ocidente agiu no mercado financeiro para tentar derrubar o câmbio turco.
Para proteger a lira e sob a forte pressão dos investidores, o Banco Central turco teve que vender ativamente moeda no mercado interno.
De 5 a 12 de maio as reservas de ouro do país sofreu uma redução de US$ 7,6 bilhões (R$ 37,9 bilhões).
Fonte: sputniknewsbrasil