Forte redução de estoques dos EUA ‘turbina’ alta firme do petróleo


Alvo de intensa volatilidade, nos últimos dias, os contratos futuros de petróleo registraram ganhos, nesta quarta-feira (24), após a divulgação da informação, pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) de que os estoques ianques da commodity caíram 12,4 milhões de barris (na semana encerrada em 12 de maio), para 455,2 milhões de barris, em contraste com a previsão de analistas, de que haveria uma alta de 700 mil barris.

Ao mesmo tempo, também houve queda dos estoques de gasolina, que recuaram 2,1 milhões de barris na semana, para 216,3 milhões de barris, revelou a Agência Internacional de Energia (AIE), enquanto os estoques de destilados foram reduzidos em 600 mil barris, para 105,7 milhões de barris.

Como reflexo do bom momento do insumo energético, o barril da modalidade WTI para julho próximo encerrou a sessão de hoje (24) em alta de 1,96% (mais US$ 1,43), a US$ 74,34 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o tipo Brent (referência internacional) valorizou 1,98% (mais US$ 1,52), a US$ 78,36 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A redução dos estoques dos EUA deu grande impulso aos contratos, que chegaram a subir 2%, na sessão, seguido de ajuste de preços. Outro dado que influenciou as cotações da commodity foi o alerta disparado pela Arábia Saudita, no sentido de que um novo corte de produção estaria sendo preparado, com o apoio da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), que realiza nova reunião no próximo dia 4 de junho.

Sobre a iniciativa, o banco Swissquote assinalou que ela deveria ter impulso limitado, embora admita que o petróleo tenha mostrado ‘fôlego’, no momento de cautela nos mercados, em razão do impasse prolongado a respeito da elevação do teto da dívida do governo estadunidense.

Boa perspectiva para a demanda de combustível é oferecida pelo feriado Memorial Day nos EUA, em 29 de maio próximo, quando tem início a alta temporada de viagens de verão. Segundo o analista do Price Futures Group, Phil Flynn “as refinarias estão absolutamente indo ao máximo com as operações agora, tentando acompanhar a demanda”.

Já o analista sênior da Oanda, Craig Erlam, “os preços do petróleo têm estado tão focados no teto da dívida e na taxa de juros, mas não se concentraram tanto no lado da oferta e da demanda, que se contraiu nas últimas semanas”.

Fonte: capitalist

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