O equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade foi amplamente defendido durante a abertura do II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas: Desenvolvimento e Sustentabilidade, que teve início nesta segunda-feira (22), em Cuiabá, com mais de 800 participantes. O evento, realizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso, contou com a presença de várias autoridades, entre as quais prefeitos de diversas regiões do estado.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que integrou a mesa de abertura do evento, destacou que a gestão ambiental é um grande desafio para os municípios e constante preocupação para os prefeitos e equipes. “O município tem relevante responsabilidade na proteção ao meio ambiente e na promoção do equilíbrio sustentável. Com o crescimento econômico do estado e o início do processo de industrialização em vários setores, surgem muitos desafios que devem ser gerenciados, visando garantir o desenvolvimento de forma harmônica”, assinalou.
Fraga ressaltou que o Congresso Ambiental ocorre em um momento importante para Mato Grosso, que lidera o ranking nacional na produção de grãos, contribuindo com o superávit da balança comercial brasileira. “Além da preocupação ambiental, de extrema relevância, também defendemos um amplo debate sobre a sustentabilidade social. Mato Grosso é um estado rico, contudo não podemos ter um modelo de desenvolvimento que concentra renda. É preciso fomentar um modelo de desenvolvimento para todos”, frisou.
O governador Mauro Mendes afirmou que Mato Grosso é um grande produtor de alimentos e preserva 62% do território. “Estamos combatendo duramente irregularidades ambientais”, assinalou, acrescentando que há uma demanda crescente por alimentos e que o estado é o único que pode dobrar a produção nos próximos anos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, disse que a sociedade brasileira precisa reequilibrar a equação entre desenvolvimento e sustentabilidade. Na mesma linha de raciocínio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu que não pode haver divergência entre produção e sustentabilidade.
O presidente do TCE, José Carlos Novelli, disse que a instituição trabalha para transformar a administração pública estadual e municipal em referência para o Brasil. O dirigente destacou, ainda, que conciliar desenvolvimento e sustentabilidade é um objetivo do Tribunal.
Também participaram da abertura os conselheiros Valter Albano, Guilherme Antonio Maluf, Antonio Joaquim e Waldir Júlio Teis; o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Alencar; a presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva; o senador Wellington Fagundes, o procurador-geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT), Deosdete Cruz Júnior; o presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), conselheiro Edilberto Carlos Pontes Lima; o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil, conselheiro Cezar Miola; o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Carlos Avallone; a secretária de estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti; a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso; e a reitora da Unemat, Vera Maquêa.
Fonte: amm